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17/07/2009 - Aumenta a procura por títulos do Tesouro
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A queda do preço das ações negociadas nas bolsas de valores desde setembro do ano passado está impulsionando os negócios do Tesouro Direto, programa de investimentos em títulos públicos da União lançado em 2002, mas pouco conhecido pela população. Em maio, último mês com dados divulgados, a venda dos papéis pela internet para pessoas físicas chegou a R$ 150,5 milhões, um volume 55% maior do que o do mesmo mês em 2008 e que representa também um crescimento de 14,3% sobre abril. A segurança do produto é o que tem atraído os investidores, apontam analistas e gestores de corretoras.
Mesmo que represente 0,5% do segmento de renda fixa e fundos DI, os investimentos em títulos públicos estão atraindo um público conservador que busca diversificar seu portfólio e está focado em resultado de médio a longo prazo, principalmente pensando em um reforço para a aposentadoria. "São aplicadores acima de 30 anos, com uma renda média de R$ 5 mil e que podem direcionar uma parte do seu salário para investir pensando no futuro", descreve o professor e especialista em finanças Marcos Crivelaro.
Porém, o diretor da Banrisul Corretora Jair Pauletto lembra que para ter alguma certeza sobre o futuro não se deve apostar em um único segmento de negócios e diversificação segue como palavra de ordem. "Sem dúvida é uma boa opção para diversificar a carteira", aponta. É o que faz o biólogo João Carlos Dotto, que há cerca de quatro anos investe em títulos públicos. "Descobri esse produto e vi que era mais vantajoso do que a poupança, que era a forma de aplicação que eu tinha na época", diz. As taxas baixas de administração e a rentabilidade maior que outros produtos de renda fixa atraem o investidor, que não descuida, no entanto, dos riscos de comprometer sua complementação para a aposentadoria e mantém ainda investimentos em um fundo de renda variável e em ações. "Tento achar um equilíbrio entre fixo e variável para obter um melhor resultado", afirma.
Mesmo considerados um investimento de baixíssimo risco, os títulos públicos têm sua remuneração vinculada ao movimento da taxa básica de juros, que vem caindo no País, e o consultor de investimentos do Banco Geração Futuro de Investimentos Tiago Arnhold revela que pode ocorrer perda de dinheiro.
"No longo prazo, a renda variável ainda deve oferecer uma rentabilidade maior", opina o analista, que diz perceber nos últimos tempos uma migração principalmente de pessoas já com aplicação em renda fixa, como fundos, para os títulos públicos. "A preocupação é tentar montar uma aplicação de renda fixa melhor do que a anterior", revela Arnhold.






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