Aumento foi de 3% na comparação com igual período do ano passado
As vendas de automóveis no primeiro semestre de 2009 cresceram 3% na comparação com igual período do ano passado. Foram comercializadas 1.449.787 de unidades contra 1.407.211, de acordo com relatório mensal da Associação dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), divulgado nesta segunda-feira.
Comparando junho a maio, houve aumento de 21,5% nas vendas, que chegaram a 300.157 unidades contra 246.978 em maio. Na comparação com junho do ano passado, quando foram vendidos 256.005, o aumento foi de 17,2%.
Segundo a entidade, este foi o melhor junho e o melhor mês da série histórica e o dia 30 de junho foi o melhor dia, com mais de 24 mil unidades vendidas. O semestre também é considerado o melhor da história.
A produção de veículos no primeiro semestre caiu 13,6% em relação ao mesmo período de 2008. Nos seis primeiros meses de 2009, foram produzidos 1.463.707 veículos contra 1.693.249, de acordo com dados do relatório mensal da Anfavea.
No mês de junho, comparado a maio, houve aumento de 8,4% na produção. Em junho foram 283.875 automóveis contra 261.812. Com relação a junho de 2008 houve queda de 8,2%, quando foram produzidas 309.169 unidades.
As exportações caíram 47,8% no semestre, com 199.052 unidades comercializadas no mercado externo em 2009 contra 381.222 unidades nos seis primeiros meses de 2008. Em junho de 2009 foram exportadas 38.503 unidades contra 38.482 unidades, no mês anterior, o que corresponde a um crescimento de 0,1%. Na comparação com junho do ano passado, quando foram comercializadas 72.595, também houve queda de 47%.
Segundo o presidente da Anfavea, Jackson Schneider, o resultado é decorrente do maior volume de crédito, da queda dos juros e da redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI):
— Além disso há também a retomada da confiança no mercado, principalmente no que diz respeito ao consumo.
Schneider reforçou que as exportações continuam sendo o grande desafio do setor, já que em valores as vendas caíram US$ 13,5 bilhões (-51%) e a industria deixou de produzir por conta da queda 180 mil unidades a menos, na comparação do primeiro semestre de 2009 com o mesmo período de 2008.
Segundo ainda o boletim mensal, o número de empregos em junho deste ano caiu 0,7%, ante o mês anterior, com 119.511 vagas contra os 120.377 postos de trabalho existentes em maio. Com relação a junho do ano passado quando a indústria automobilística empregava 126.542 trabalhadores, a queda foi de 5,6%.
— O emprego está ligado à produção, que é ligada ao mercado interno e às exportações. Tivemos uma queda contundente no mercado de exportações. Esta é a explicação do por quê desse ajuste de empregos. Temos que ver agora o comportamento do segundo semestre — avaliou Schneider.
O presidente da entidade anunciou ainda a revisão das previsões para o ano de 2009. Segundo ele, para a venda a previsão era de 2,7 milhões de unidades, o equivalente a uma queda de 4% com relação ao ano anterior. Na estimativa revisada, por conta da redução do IPI, esse número chega a 3 milhões de unidades, representando um crescimento 6,4% ante 2008.
Para a produção, a previsão deita no início do ano era a de que seriam produzidos 2,8 milhões de novos veículos, 11,1% a menos do que em 2008. A nova previsão aponta que devem ser produzidos pouco mais de três milhões de unidades, 5,2% a mais do que no ano anterior.
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