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02/07/2009 - Renda disponível cresceu nas classes D e E
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A população brasileira situada entre as classes D e E foi a que mais ampliou sua renda disponível para o consumo no ano passado, segundo pesquisa realizada pela Cetelem, a financeira do grupo BNP Paribas, em conjunto com a Ipsos. Entre 2007 e 2008, os gastos médios subiram de R$ 22,00 para R$ 69,00, o que representou um aumento de 214%. As classes A e B também aumentaram no período sua disponibilidade ao consumo, com alta de 65%, para R$ 834,00. Já a classe C passou a gastar R$ 212,00, crescimento de 44% sobre 2007.
"Toda a população foi beneficiada pelo bom momento da economia. Com o aumento da renda, os consumidores têm mais dinheiro sobrando", informou o estudo. Segundo o levantamento, a distribuição da população por classes de consumo se manteve praticamente inalterada entre 2007 e 2008. A classe C teve um recuo de 1 ponto percentual, para 45%, enquanto as classes D e E subiram de 39% para 40%. Já a classe A/B se manteve estável, em 15%.
Em termos de receita familiar, a maior alta entre 2007 e 2008 ficou com as classes A e B, com alta de 16,5%, para R$ 2.586,00. Na classe C, que reúne atualmente a maior parcela da população brasileira, a renda familiar mensal subiu no período de R$ 1.062,00 para R$ 1.201,00, um incremento de 13%. Nas camadas D e E, a receita familiar subiu 12%, passando de R$ 580,00 para R$ 650,00.
Os maiores gastos considerados essenciais, na média da população brasileira, continuam sendo com supermercados, de R$ 352,00, seguido por energia elétrica (R$ 62,00), aluguel (R$ 41,00), remédios (R$ 33,00), transporte coletivo (R$ 32,00), gás (R$ 31,00) e água e esgoto (R$ 29,00). Os gastos com supermercados, diz a pesquisa, estão crescendo de forma mais consistente entre as classes A/B e na região Sul. Entre as despesas que não são consideradas essenciais, os maiores aumentos foram observados em vestuário e em telefonia celular.
A pesquisa avaliou também a percepção do consumidor brasileiro diante da crise financeira internacional. Em comparação aos três anos anteriores, apenas os consumidores do Brasil e da Polônia avaliaram que a situação econômica melhorou em 2008. Na amostra de 17 países encontram-se Inglaterra, Espanha, França, Rússia, Itália, Coreia do Sul, Portugal e Alemanha, entre outros. "Este é um dado que pode confirmar que a crise econômica ainda não foi percebida pela população e há até um certo 'descolamento' da gravidade da situação global com a realidade vivida pelo brasileiro", afirma o estudo.





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