Depois de sete meses com resultados negativos, a indústria gaúcha registrou em maio o seu primeiro crescimento. Na comparação com abril, descontados os efeitos sazonais, a elevação foi de 0,5%. "São sinais positivos importantes, mas ainda temos um longo caminho a percorrer para nos aproximarmos do mesmo nível de desempenho pré-crise", afirmou o presidente da Fiergs, Paulo Tigre, ao divulgar o Índice de Desempenho Industrial (IDI-RS). A melhora foi decorrente das compras de insumos e matérias-primas, que subiram 10% na mesma base de comparação.
Com a proximidade do fim do ajuste de estoque, os segmentos que mais compraram foram os produtores de bens intermediários, tais como químico (+46%) e refino de petróleo (+45%), que juntos respondem por 16% do Produto Interno Bruto (PIB) da Indústria do Rio Grande do Sul. Segundo Tigre, as perdas vinham ocorrendo desde outubro de 2008, quando se iniciou a crise econômica mundial. "Já percebemos um movimento de retomada da produção, no entanto é cedo para comemorar", disse, lembrando que a Utilização da Capacidade Instalada (UCI) e as horas trabalhadas continuam em queda e fecharam o mês de maio, em relação a abril, com desaceleração de -2,1% e -1,9%, respectivamente.
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