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- Para a FEE, crise é mais profunda do que parece
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O mundo ainda atravessa um período de incertezas quanto à profundidade e à duração da crise financeira e a situação deve piorar com o iminente agravamento dos impactos no segmento produtivo em todos os países. O cenário pessimista foi desenhado ontem por economistas da Fundação de Economia e Estatística (FEE) durante seminário ocorrido na Capital. Os painelistas foram unânimes em ressaltar que o Brasil deve retomar o crescimento, mesmo que de maneira bastante lenta, antes de outras nações, mas isso deve acontecer somente a partir de 2010.
Teto de bruma (situação na qual o aviador não sabe para onde vai e aonde chegará), uma escada ou um poço que se mostra cada vez mais profundo foram imagens às quais recorreram os palestrantes para demonstrar o desconhecimento pelo qual ainda passam os líderes globais e economistas sobre a abrangência da derrocada das economias. "Estamos na passagem de uma economia velha, organizada a partir de finanças, para algo novo, mas que não sabemos de que tipo será e com quais relações irá se fundamentar", avalia o técnico do núcleo de política econômica da FEE Enéas de Souza.
As dúvidas dos analistas são fundamentadas em dados cada vez mais negativos divulgados ao longo do período de desenvolvimento da crise, principalmente a partir do início de 2008, e do desconhecimento do impacto total e final dessa turbulência nos mercados globais. De acordo com o coordenador do núcleo de política econômica da FEE, André Scherer, as perdas de US$ 930 bilhões relatadas pelos bancos norte-americanos podem chegar a US$ 3,12 trilhões até o próximo ano em função de possíveis prejuízos com dívidas de cartão de crédito, ativos residenciais e investimentos em construções de shopping centers e hotéis.
Scherer lista outros indicativos que podem demonstrar a continuidade do agravamento do cenário, como ausência de sinais de retomada de crédito ao consumidor nos Estados Unidos e na Europa, menor utilização da capacidade produtiva da indústria norte-americana desde 1948 e a fraca recuperação das bolsas de valores e os menores lucros de empresas que compõem o índice S&P 500 da Bolsa de Nova Iorque desde 1930. "Isso denota que a propensão dos empresários a fazer investimentos é baixa, o que implica demora para a retomada", analisa.
Para Scherer, não há dúvidas de que essa é a maior crise no sistema produtivo desde a Grande Depressão, em 1929, e um dos principais reflexos se mostra no comércio mundial, que registrou queda de 11%, a maior desde o período pós-guerra, na década de 1950. "A recessão está aí, estamos navegando nela e imaginávamos que estávamos no fundo do poço, mas com os dados divulgados na segunda-feira pelo Banco Mundial percebemos que ainda não chegamos lá", descreve o economista da FEE Antônio Carlos Fraquelli. Na avaliação de Souza, a crise industrial e produtiva norte-americana é muito profunda, e esse é um fator que torna a recuperação ainda mais difícil.





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