Cachoeirinha, 19/04/2024 Telefone: 51. 3470-1749  
 
 

 
    Notícias
 
Últimas Notícias
08/06/2009 - PIB em queda e juros preocupam o governo
VOLTAR  
Se nas últimas semanas os indicadores sobre a economia dos EUA e da Europa eram os que monopolizavam as atenções dos investidores, nesta são dados que dizem respeito ao Brasil os mais esperados. Amanhã, sai a variação do PIB (Produto Interno Bruto) no primeiro trimestre deste ano. No último de 2008, foi registrada uma retração de 1,3% ante o mesmo período de 2007 e de 3,6% na comparação com o trimestre anterior.
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, já admitiu que a economia do País pode ter encolhido nos três primeiros meses de 2009, o que significaria uma recessão, a qual é caracterizada por dois trimestres seguidos de queda do PIB, segundo a definição tradicional. Os analistas de mercado estimam que a baixa da economia no primeiro trimestre de 2009 tenha sido de até 2% ante o quarto do ano passado e de até 2,8% na comparação com o primeiro de 2008.
Travando mais uma vez uma guerra de bastidores com o Banco Central, o Ministério da Fazenda espera que o Copom reduza a taxa básica de juros (Selic) em 0,75 ponto percentual na quarta-feira. Se dependesse da vontade da equipe do ministro da Fazenda, Guido Mantega, o corte seria maior, de um ponto. Na avaliação de assessores de Mantega, há espaço para essa queda maior da chamada Selic diante da redução no ritmo da economia e da valorização do real.
Nas últimas semanas, BC e Fazenda têm trocado farpas por conta da desvalorização do dólar. Preocupada com os efeitos negativos do dólar barato sobre as exportações, a equipe de Mantega avalia que o BC precisa agir para diminuir o diferencial entre as taxas de juros aqui e no exterior, contribuindo para reduzir a entrada de capital estrangeiro. Do outro lado, o presidente do BC, Henrique Meirelles, tem insistido no discurso de que a política monetária não pode ser cambiante. Seu principal objetivo, segundo ele, é conter a inflação e não definir a taxa de câmbio. A Fazenda avalia, porém, que as pressões sobre o BC terão pelo menos um efeito parcial. Para um assessor de Mantega, não fosse isso, o Copom optaria por uma redução de 0,50 ponto percentual na taxa Selic. A equipe de Meirelles tem emitido sinais de que a economia já dá sinais de recuperação que podem recomendar maior prudência.
Um dos dados levantados nessa discussão é o comportamento dos preços das commodities. O aumento dos preços neste ano seria sinal de que os alimentos podem voltar a subir. O argumento contrário é que a valorização do real anula qualquer pressão inflacionária, já que barateia as importações. Além disso, os cortes já feitos pelo BC desde o fim do ano passado começarão a fazer efeito ao longo do segundo semestre.
Por esse raciocínio, seria preciso avaliar com mais cuidado como será a retomada da economia até o final do ano. Se o crescimento for forte, cortes nos juros agora poderão gerar uma pressão na inflação de 2010. Assim, seria mais prudente reduzir menos os juros agora do que ter que fazer uma elevação mais forte em ano eleitoral. Confirmada a expectativa do governo, a taxa básica irá cair para um dígito - de 10,25% para 9,50%, com os juros reais (descontando a inflação) se situando na casa dos 5%. Mantendo, com isso, o País fora do topo da lista dos campeões de taxas de juros no mundo, posto que liderou nos últimos anos.
A Fazenda avalia que um corte mais ousado do BC seria uma contribuição fundamental para o debate econômico nessa semana, já que na véspera da decisão o IBGE divulgará o resultado do PIB no primeiro trimestre do ano, confirmando tecnicamente recessão no País.
O esforço do governo nos próximos dias será insistir na tecla de que o dado do IBGE refletirá uma situação superada e que a recuperação já começou. Nas palavras de um assessor de Mantega, agora o debate tem de ser feito sobre a velocidade de recuperação da economia.
Os sinais de recuperação teriam contribuído, na avaliação do Planalto, para a melhora do índice de aprovação do governo Lula, que voltou ao patamar pré-crise econômica segundo a última pesquisa do Datafolha. Os dados são comemorados pelo presidente Lula porque, segundo ele, a oposição apostava que a recuperação iria demorar mais tempo.





  Rahde Consultores e Auditores
  Av. Flores da Cunha, 1320 - Cachoeirinha - RS
  Telefone: 51. 3470-1749 E-mail: auditor@rahde.com.br
Produzido por: ACT2


Visitantes deste website: 1580195
RAHDE - Consultores e Auditores CRC RS 3269