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02/06/2009 - Brasil sai da crise fortalecido, diz Meirelles
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O presidente do Banco Central (BC), Henrique Meirelles, entende que o Brasil sairá da crise fortalecido, ao contrário da maior parte dos países desenvolvidos e emergentes. Ontem, em palestra na Federasul, Meirelles explicou que o País tem mantido seu nível de reservas internacionais, não vem apresentando picos inflacionários e tem a economia sofrendo menos em relação aos demais países e a si próprio em crises anteriores.
"A crise representa uma experiência difícil para a economia, mas sairemos dela com os fundamentos mais fortes", acredita. O ministro participou na noite de ontem da posse do novo presidente da Associação dos Bancos no Estado do Rio Grande do Sul, Mathias Renner.
Segundo Meirelles, os fundamentos do País evitaram que a crise de confiança atingisse o Brasil de forma mais acentuada. As reservas internacionais se mantiveram em US$ 205 bilhões, mostrando ao mercado que o País tem condições que pagar seus compromissos, mantendo-o na posição de credor líquido. "O Brasil entrou melhor nesta crise, que é a pior desde a segunda guerra, do que nas crises passadas", acredita.
As condições da economia brasileira possibilitaram que o BC baixasse as taxas básicas de juros pela primeira vez em uma crise econômica. Anteriormente, esclarece o presidente da instituição, era necessário aumentar os juros para evitar fuga de capitais. Nesta ocasião, a alta procurou evitar a recessão. "A redução de juros neste momento representa um avanço histórico", explica Meirelles. A taxa real está em 5,2% ao ano atualmente, seu menor índice histórico.
De acordo com ele, um fator que contribuiu para a resistência da economia na crise é demanda interna em alta, favorecida pelo crescimento no emprego e da massa salarial em 4% entre abril de 2008 e abril de 2009. A maior demanda foi fundamental para aquecer os negócios em um momento de queda nas exportações, pois cresceu 9,3% no terceiro trimestre de 2008, enquanto o Produto Interno Bruto (PIB) apresentou alta de 6,8% no período.
Meirelles reconhece que a crise chegou mais forte ao setor industrial, atribuindo a queda nas vendas às desestocagens no final do ano passado. Prevê, por outro lado, a retomada dos investimentos no segundo semestre, com retomada dos aportes produtivos. O crédito também dá mostras de estar se expandindo, favorecendo o consumo e os aportes.
Meirelles defendeu a política monetária posta em prática pelo BC, buscando a estabilidade da economia e possibilitando previsibilidade para investimentos. Alfinetou as críticas recorrentes a esta política, considerada por vezes discreta para estimular o consumo. "As pessoas ainda não aprenderam a ver o valor da estabilidade econômica", disse.
Embora o pior momento da crise pareça já ter ficado para trás, o presidente do BC alerta contra a euforia de mercados internacionais com a recuperação dos negócios. "O Brasil se mantém cauteloso com a crise, pois sabemos que há preocupações como os custos de exportações", explica. As bolsas mundiais já perderam US$ 28 trilhões com a crise desde novembro de 2007.
O presidente do Banco Central destacou que a previsão é de que o Produto Interno Bruto (PIB) volte a apresentar números satisfatórios de crescimento no segundo semestre deste ano, melhorando os indicadores já em 2010. "Ainda temos margem para apresentar crescimento em 2010 (...) mas teremos oscilações de humor do mercado ao longo deste período", alertou.


Andima aposta em recuperação mais demorada da economia

O Comitê de Acompanhamento Macroeconômico da Associação Nacional das Instituições do Mercado Financeiro (Andima) avalia que a economia mundial ainda não passou por "um ponto de inflexão capaz de indicar uma recuperação de médio e longo prazo" pelos indicadores divulgados até agora, segundo texto do grupo sobre os cenários de maio. O texto informa também que, em relação ao Brasil, a retomada da liberação de recursos no mercado de crédito por parte das instituições financeiras privadas "somente ocorrerá quando houver sinais mais claros de que o nível de inadimplência na economia estabilizou-se ou apresenta evidências de melhora".
Em texto sobre os cenários de maio, o Comitê reconhece a melhora de alguns indicadores da economia americana, o que "contribui para diminuir o ritmo de deterioração da expectativa dos agentes". O texto também menciona que "uma parcela significativa dos integrantes do Comitê considera que uma eventual recuperação de trajetória de indicadores da economia norte-americana estaria vinculada a um ciclo de estoques, o que levaria o nível de produção a um patamar superior ao registrado no início do ano, mas ainda longe de indicar um processo de recuperação".
A Andima cita que há percepção de redução de risco sistêmico e pessimismo quanto à expansão do crédito por instituições financeiras e à situação fiscal do governo dos Estados Unidos. As expectativas sobre as economias europeia e japonesa são ainda mais pessimistas. No caso da Europa, há preocupação com o problema fiscal em alguns países. No Japão, há uma crise doméstica a que se somam os impactos da crise global. Não houve consenso no Comitê em relação à China.
Embora a previsão para o PIB neste ano feita no cenário de maio, de -1%, tenha piorado em relação a de -0,75% feita no cenário de abril, o texto diz que houve uma melhora na comparação com uma outra projeção do Comitê, feita no final de abril, de -1,2%.
Ontem a entidade divulgou seu cenário econômico de maio, com a previsão para a cotação do dólar em 31 de dezembro baixando de R$ 2,30, no cenário feito em abril, para R$ 2,10 no de maio. Para 31 de dezembro de 2010, a projeção da cotação do dólar baixou de R$ 2,325 para R$ 2,00. O dólar médio projetado para 2009 foi reduzido de R$ 2,32 para R$ 2,16 e o câmbio médio para 2010 previsto passou de R$ 2,330, em abril, para R$ 2,095, no cenário mais recente. A previsão para o saldo comercial para este ano subiu de US$ 16 bilhões para US$ 21,1 bilhões e, para 2010, de US$ 11,2 bilhões para US$ 14 bilhões.


Indicador PMI ainda mostra cenário negativo

O Índice Gerentes de Compras (PMI) brasileiro, calculado pelo Banco Santander, cresceu 3 pontos, de 44,8 pontos em abril para 47,8 pontos em maio. Ainda assim, o indicador continuou a indicar deterioração nas condições dos negócios. O PMI se propõe a fazer uma radiografia da produção industrial em todas as suas etapas produtivas, desde a mais básica, como a aquisição de insumos, até a entrega do bem final. O índice obedece a uma escala que vai de zero a 100 pontos. Até 50 pontos, o indicador é considerado negativo e a partir deste patamar, positivo.
Por isso, os resultados recentes da pesquisa indicaram uma contração da produção industrial em maio, com as tendências dos índices de novos pedidos, produção, emprego, pedidos em atraso e estoques ainda no terreno negativo. Todavia, os dados mostram que as contrações em todas essas variáveis, exceto em estoques de bens finais, desaceleraram em relação ao mês anterior.
"As condições insatisfatórias continuaram a pressionar os novos pedidos e, por conseguinte, a produção de maio. Porém, os declínios ocorreram a taxas baixas, mais fracas do que as de abril", avaliam os analistas do Santander. Pelos parâmetros do PMI, a produção industrial em maio deverá crescer na margem com ajuste sazonal, aderente à evolução do indicador para esta variável de 46,3 pontos em abril para 49,6 no mês passado.





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