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26/05/2009 - Eletrosul prepara internacionalização
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A Eletrosul planeja iniciar ainda neste ano seu processo de internacionalização. "A holding (Eletrobrás) vai tomar essa iniciativa, então todas as empresas ligadas a ela devem estar preparadas para isso", argumenta o presidente da Eletrosul, Eurides Mescolotto.
O dirigente adianta que, como a companhia encontra-se em um ponto estratégico em relação ao Mercosul, deverão ser realizados empreendimentos nos países vizinhos à sua área de atuação, a região Sul do Brasil. No entanto, ele ressalta que isso não impedirá a companhia de investir também em outras nações.
Mescolotto lembra que a Eletrosul possui alguma expertise no assunto, pois exporta energia para a Argentina. Ele diz que poderão ser feitos empreendimentos de geração e transmissão nos territórios dos outros países ou ligar o parque gerador de energia brasileiro com essas nações através de novas linhas.
Mescolotto participou da inauguração da linha de transmissão Campos Novos/Nova Santa Rita, em 525kV, de responsabilidade da RS Energia, subsidiária da Eletrosul. Apesar da solenidade ter ocorrido ontem, no município de Nova Santa Rita, a linha foi energizada na semana passada e já se encontra em operação. Mescolotto enfatiza que se trata de uma obra do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) que traz, principalmente para a Grande Porto Alegre, uma maior capacidade de fornecimento de energia.
O investimento no complexo, que tem uma extensão de cerca de 257 quilômetros, foi de R$ 256 milhões. Essa não é a única estrutura que a companhia desenvolve no Estado. A linha de transmissão de 230 kV, que ligará a subestação Presidente Médici (Candiota) à subestação Santa Cruz 1, deverá absorver um investimento na ordem de R$ 59 milhões. As obras já se iniciaram e a previsão é de serem concluídas em outubro. O diretor da Eletrosul Ronaldo Custódio afirma que será a primeira linha do Brasil que não implicará o corte de árvores.
Outro empreendimento da empresa é a hidrelétrica Passo São João, que está sendo construída na Região das Missões. Segundo Mescolotto, as obras do complexo estão de acordo com o cronograma. A usina, que terá capacidade para gerar até 77,1 MW (cerca de 2% da demanda média de energia do Rio Grande do Sul), deverá entrar em operação em 2010.
A Eletrosul também concorrerá no leilão eólico, que deverá ser realizado em novembro, com empreendimentos no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina. No Estado, a empresa pretende instalar parques eólicos em São José dos Ausentes e em Santana do Livramento. Um fator que pode favorecer a concretização desses parques é a ideia do governo estadual de implementar um programa de apoio à energia eólica. O secretário de Infraestrutura e Logística, Daniel Andrade, revela que até o final deste semestre deve ser apresentado um projeto para a governadora Yeda Crusius com medidas para incentivar o desenvolvimento da energia eólica.


CGTEE requer mais prazo para concluir térmica Candiota 3

A Companhia de Geração Térmica de Energia Elétrica (CGTEE) negocia com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) uma prorrogação do prazo do contrato de fornecimento de energia da termelétrica Candiota 3. A usina teria que gerar energia a partir de 1 de janeiro de 2010, mas o presidente da estatal, Sereno Chaise, tenta alongar esse cronograma por pelo menos seis meses.
"Há um pequeno atraso que estamos lutando muito para recuperar", admite Chaise. Ele relata que, no máximo, até abril do próximo ano será inaugurada a usina. O consórcio contratado pela Citic (responsável pelo projeto), para realizar a obra civil da usina, alega que não encontra uma quantidade suficiente de pessoal especializado na região. Foram feitas campanhas em municípios do Interior com objetivo de procurar empregados.
Se houver atraso no início da operação, está previsto que a Citic pague uma multa para a CGTEE. Em compensação, se a estatal atrasar a entrega da energia também será penalizada pela Aneel. Chaise informa que Candiota 3 encontra-se com 62% da obra executada e os equipamentos e as máquinas pesadas já estão no município. (JK)


Consumo fica praticamente estável em abril

O consumo brasileiro de energia ficou praticamente estável em abril, segundo dados divulgados ontem pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE). Na comparação com abril de 2008, o consumo caiu apenas 0,4%, para 32.162 gigawatts-hora (GWh). Com relação ao mês anterior, houve aumento de 1%. O desempenho foi assegurado pelos setores residencial e comercial, que tiveram alta de 8,9% e 8,5% na comparação com abril de 2008, respectivamente. Já o consumo industrial caiu 8,9%.
Segundo a Resenha Mensal do Mercado de Energia Elétrica, divulgada pela EPE, a maior queda tem sido verificada no segmento dos consumidores livres de energia, que concentra as indústrias de grande porte. "É no Sudeste onde a redução do consumo tem se dado de forma mais acentuada. De janeiro a abril, o consumo industrial da região foi quase 15% inferior ao de 2008 e encontra-se acima apenas do verificado em 2004", diz o texto, destacando que Espírito Santo e Minas Gerais, onde há forte indústria ligada aos segmentos de mineração e metalurgia, tiveram a redução mais acentuada.
São Paulo, por sua vez, apresenta a menor taxa de retração, segundo a EPE, por ter um parque industrial voltado para o consumo interno. No acumulado do ano, o consumo brasileiro de energia registra queda de 2,4%.


Aneel quer decisão rápida sobre concessões

O diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Nelson Hubner, defende uma definição rápida para as concessões de geradoras e distribuidoras de energia que estão vencendo, principalmente, até 2015. Segundo ele, se o governo optar por mudar as atuais regras, deveria enviar a nova proposta ainda neste ano ao Congresso Nacional. Ele teme que as eleições do próximo ano possam atrapalhar o andamento de uma eventual proposta no Parlamento em 2010. "E deixar para 2011 seria muito ruim", disse.
Hoje, a legislação permite apenas uma renovação de concessão de serviço público. Quando essa segunda concessão vence, a lei determina que seja feita uma licitação para escolher um novo responsável. Assim, somente em 2015, vencem as concessões de geração de usinas capazes de produzir 21,4 mil megawatts (MW), o equivalente a cerca de 20% da capacidade nacional de produção de energia elétrica. Na distribuição, são 42 empresas - de um total de 64 existentes - que terão suas concessões expiradas até 2017. A maior concentração está em 2015, com 37 licenças vencendo, incluindo empresas como a Copel (PR), Celesc (SC), CEB (Brasília) e Celg (GO). Em 2016 vence a concessão da estatal mineira Cemig.
A diretoria da Aneel não está fechada quanto ao que deve ser feito, mas defende uma solução rápida. Cabe ao governo decidir o que fazer."É fundamental fechar a questão neste ano. Se tiver mudança legal, é preciso enviar logo ao Congresso", explicou Hubner, avaliando que o melhor instrumento, caso haja mudança na lei, seria editar uma medida provisória.
Como a MP tem vigência imediata, a Aneel já poderia trabalhar nos regulamentos necessários tanto para uma eventual prorrogação quanto para a licitação. "Qualquer que seja a opção definida, vai desdobrar em um monte de regulamentos", salientou. Hubner disse que uma das hipóteses que considera razoável seria a de prorrogar as concessões de distribuição e licitar as de geração que vencem nos próximos anos.


Agência pretende rediscutir modelos de tarifas

O diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Nelson Hubner, afirmou que um eventual novo modelo para as concessões do setor elétrico deveria tratar, também, de mecanismos para reduzir as diferenças das tarifas cobradas em diferentes regiões do País. Ele defende a criação de um fundo de equalização das tarifas.
Se o governo optar por licitar as concessões de geração de energia que vencem nos próximos anos, já é quase consenso que vai determinar que o novo concessionário venda os megawatts por um preço menor do
que o de hoje.
O que Hubner defende é que a energia seja negociada por um preço intermediário e a diferença para com o menor preço possível fosse remetida para um fundo.
Nelson Hubner lembrou que hoje há distorções nos cálculos tarifários. Assim, uma rede como a de Brasília, que exige poucos investimentos, mas tem um mercado formado por clientes de alta renda, acaba tendo tarifas menores do que o de um estado como o Maranhão, onde são necessários mais investimentos, mas a população ganha menos, em média.






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