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21/05/2009 - Conheça algumas das mais importantes peças da engrenagem do desenvolvimento gaúcho em 2008
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A Melnick Even, líder no segmento de construções de alto padrão no Estado, se prepara para lançar os primeiros empreendimentos de padrões médio e emergente e consolidar sua expansão. O investimento em novos nichos de mercado se deu após a associação da gaúcha Melnick com a paulista Even - quarta maior construtora do País - no ano passado. "Unimos nossa expertise no mercado local aos recursos que a Even dispõe para aplicar", diz o diretor da Melnick Even, Juliano Melnick. O primeiro resultado da parceria já aparece no salto de 100% do volume de lançamentos, que passa dos R$ 100 milhões realizados no ano passado para os R$ 200 milhões previstos para 2009.
Até o final do ano, serão lançados um edifício de altíssimo padrão com apartamentos de 400 metros quadrados no bairro Bela Vista, em Porto Alegre, um condomínio horizontal com canais navegáveis em Eldorado do Sul e a estreia no segmento emergente, com um prédio de apartamentos no valor de até R$ 200 mil. Para viabilizar os investimentos, a construtora conta com um landbank avaliado em R$ 500 milhões, com áreas distribuídas na Região Metropolitana e com validade até 2011.
Segundo Melnick, o banco de terrenos é fundamental para dar agilidade à construtora no momento em que o mercado se reaquecer e a importância de manter um bom landbank foi uma das lições aprendidas na parceria com a Even. "Antes, as áreas eram compradas em função do projeto que estávamos trabalhando, mas para crescer é preciso ter um bom banco já avaliado, pois encontrar uma boa opção demanda bastante tempo", afirma. O diretor diz que a crise refreou a demanda geral pelos imóveis, mas que a estratégia da construtora em oferecer produtos únicos evita esse impacto.
Para dar maior dinamicidade aos negócios da construtora, Mel-
nick diz que é preciso também ampliar o portfólio e o público-alvo. Por isso, serão lançados novos empreendimentos para os segmentos médio e emergente - ainda não há planos de atuar com prédios econômicos. Porém, o diretor garante que a expertise da empresa em construir moradias de alto padrão não será abandonada. "Nosso DNA é de alto padrão e vamos oferecer esse mesmo diferencial em nossas obras, mantendo a qualidade de acabamento já registrada em nossos imóveis", afirma.
Melnick avalia que o mercado imobiliário da região deve se desenvolver pela verticalização das construções em direção ao Leste e pela opção do Oeste, ultrapassando o rio Guaíba e ocupando áreas disponíveis em Eldorado do Sul, alterando o eixo de crescimento. "Porto Alegre nasceu no Centro e cresceu em forma de cone na direção Leste, onde agora as residências passam a dar lugar aos edifícios. Assim, se reduz ainda mais a oferta de espaços para casas, já que a zona Sul ainda sofre com o acesso viário restrito basicamente a duas opções", avalia. A construção de uma nova ponte deve impulsionar o lançamento de empreendimentos além do Guaíba.

Empresa inovou no segmento de alto padrão gaúcho

Os primeiros anos de atuação da Melnick Even marcam uma transição na maneira de construir e vender imóveis de alto padrão. Fundada em 1992, a construtora já nasceu focada neste segmento de mercado e atuando da mesma maneira que as demais empresas já atendiam a esse público: o preço de custo. "A obra só era iniciada após todas as unidades serem vendidas e isso era feito por um preço fechado, mas muitas construtoras passaram a ter problemas de preços e prazos, pois essas obras permitiam várias mudanças determinadas pelos proprietários", explica o diretor da Melnick Even, Juliano Melnick.
Assim, a construtora iniciou a transição para os pacotes com preço fechado, como acontece nos demais segmentos imobiliários. Porém a nova estratégia poderia dificultar a personalização dos apartamentos, característica essencial para empreendimentos voltados à classe alta. "Foi então que criamos o Personal System, dando liberdade aos proprietários de definir o acabamento das suas residências. Na época, estávamos na contramão das tendências de gestão, que pregavam a padronização, mas o que fizemos foi padronizar uma forma de atender com personalização", destaca Melnick.
Com origem familiar, a construtora realizou sua primeira joint venture em 2006 com a Rossi, direcionada exclusivamente a imóveis de alto padrão. No entanto, a intenção de crescer em direção a outros públicos levou à associação, no ano passado, com a Even, de São Paulo. Também em 2008, a empresa passou a atuar na prestação de serviços de construção para obras corporativas e de outras construtoras, com o lançamento da Eixo-M.
Nos últimos anos, a Melnick Even está sendo uma das empresas mais premiadas do setor no Brasil. Em 2001 foi certificada pela ISO 9001 e foi a primeira construtora gaúcha a homologar um programa de Participação de Resultados no Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil. Em 2005, foi a única organização gaúcha e da área de construção civil do País a receber o prêmio Top Ser Humano, da Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH) Nacional. Até setembro, a empresa deixa sua sede em uma casa no bairro Bela Vista, na Capital, e passa a funcionar em um novo prédio de mais de mil metros quadrados no Mont Serrat, projetado para atender a todas às necessidades de uma construtora. Atualmente, a Melnick Even é certificada com Nível A pelo Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade no Habitat (PBQP-H) e ISO 9001, pelo ABS Group.


Empresário do ano: Raul Randon transforma espírito empreendedor em resultados

O olhar perspicaz para identificar oportunidades em novos negócios é uma característica que marca bons empresários e essa é a marca de um dos principais empreendedores do Rio Grande do Sul, o presidente do conselho de administração da Randon, Raul Anselmo Randon. Em 1970, ao realizar sua primeira viagem à Europa e visitar duas grandes feiras na Itália e na Alemanha, o empresário percebeu que havia espaço para sua empresa ocupar no mercado internacional, mas para isso, seria preciso investir em uma nova unidade e aumentar significativamente a produção, passando de uma média de 770 unidades ao ano para mil a cada mês. "Em 1974, inauguramos a nova fábrica, aumentamos a produção e em seis anos chegamos à meta de mil unidades mensais", diz Randon. A partir dali, a empresa fundada por dois irmãos na Serra gaúcha seguiu a passos largos para se tornar uma das principais fabricantes de material de transporte no mundo.
O espírito empreendedor de Raul Randon, aliado ao conhecimento técnico de seu irmão, Hercílio, levou à transformação, em 1949, da pequena oficina mecânica da família, voltada à reforma de motores industriais, em um conglomerado de negócios com presença em diversos países e unidades industriais autônomas de montagem no Marrocos, Quênia e Argélia. As empresas Randon realizam investimentos totais anuais médios da ordem de R$ 150 a R$ 200 milhões. Parte relevante desse valor é direcionada à atualização tecnológica de equipamentos e processos, pesquisa e desenvolvimento, tecnologia da informação, além da ampliação da capacidade de produção. É política da companhia investir 1,5% de sua receita no que é enquadrado tecnicamente como pesquisa e desenvolvimento, visando manter o seu perfil competitivo e de liderança nos setores onde atua.
Modesto, Randon diz que teve a sorte de entrar em um ramo de atividades bom, com crescimento constante aliado ao desenvolvimento do Brasil. "O País sempre teve uma presença forte do segmento rodoviário entre as formas de transporte. O desenvolvimento não terminou agora, sempre vamos ter mais serviço", afirma. Coincidentemente, na década de 1950, o Brasil dava seus primeiros passos rumo à industrialização e à urbanização. Em 20 anos de atividades, a Mecânica Randon Ltda. foi precursora ao substituir os freios hidráulicos originais de fábrica por outros a ar. Além disso, inovou na criação de semirreboques de um eixo, terceiro eixo balancim para FNM, carga seca de um e dois eixos, tanque sobrechassi e caçamba sobrechassi, e terceiro eixo para GM e Ford, entre outras soluções, já que muitas ficaram até mesmo sem registro.
Outra característica do empreendedor Raul Randon é o fato de pensar sempre em negócios encadeados, ou seja, um negócio puxa o outro. Assim como nas empresas do setor de transporte - Randon Implementos, Randon Veículos, Fras-le, Master, JOST, Suspensys, Randon Consórcios e, mais recentemente, Castertech - que foram nascendo como clientes umas das outras e atendendo também ao mercado, igualmente nas empresas da holding familiar (Raul Randon e filhos), o processo foi idêntico. "Fizemos bem em termos entrado no ramo de auto-peças. Hoje temos um bom faturamento equilibrado em todas as empresas", revela. Além disso, o faro de bons negócios levou o empresário a investir também no agronegócio, plantação de maçãs, criações de gado de leite e suínos, produção de queijos e de vinho, inclusive com a sua própria marca, a RAR, iniciais de Raul Anselmo Randon.

Prestes a completar 80 anos, executivo deixa a direção dos negócios

Em agosto, o empresário Raul Randon completa 80 anos, dos quais 60 a frente das empresas que constituem a Randon S.A. Em abril, o fundador deixou de acumular a presidência executiva com a do conselho de administração. O filho mais velho, David, assumiu em seu lugar. Mesmo assim, isso não significa que seu Raul, como é chamado, deixe de lado a rotina das fábricas. "Estou aqui, na minha mesa, afinal, a toda hora chega um amigo ou um cliente. Mas o que queria mesmo era ter mais tempo para visitar todas as empresas, conversar com as pessoas. Se não fosse isso, o que eu teria para fazer", diz, para emendar em seguida com sua tradicional gargalhada.
A transição na Randon começou há bastante tempo. No início dos anos 1990, o empresário criou uma holding para reunir os negócios da família e já impulsionar o processo de substituição na direção da companhia. "A família tem o controle das empresas, mas a gestão é profissional", afirma. Especialistas assessoraram essa trajetória. "Não poderíamos mudar de uma hora para outra, tudo teve que ser bem pensado", explica. Sobre a escolha do substituto, a escolha ficou a cargo dos quatro filhos.
Não é só de resultados financeiros que é feita a atuação do empresário. A simpatia e o jeito simples são outras marcas fortes de Raul Randon e que o tornam próximo dos colaboradores das empresas do grupo. Além disso, ele mantém, juntamente com a contribuição espontânea dos 9 mil funcionários, o Florescer, um programa de responsabilidade social que tem por missão preparar crianças e adolescentes para o exercício da cidadania, com melhor qualidade de vida e um futuro promissor.
O Florescer é um centro de educação livre e multidisciplinar que inclui reforço escolar, assistência na realização das tarefas escolares diárias, atividades de inglês, informática, educação corporal, canto-coral, musicalização, teatro, culinária, dança, além de projetos sobre valores, meio ambiente e sexualidade.





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