O Banrisul apurou lucro líquido de R$ 106,5 milhões no primeiro trimestre deste ano, resultado 11,9% inferior ao registrado nos mesmos meses de 2008. O desempenho foi influenciado pelo aumento das despesas com as provisões para enfrentar o crescimento da inadimplência. No período, o índice registrado pelo banco gaúcho foi de 4%, acima dos 3,4% que a instituição costuma obter. Segundo o presidente do Banrisul, Fernando Lemos, a inadimplência está abaixo da média do mercado, mesmo que o banco considere inadimplentes atrasos superiores a 60 dias, enquanto que o usual é de 90 dias. "O resultado é satisfatório e em linha com as nossas expectativas", afirma.
As operações de crédito totalizaram R$ 11,8 milhões em março, saldo 33,6% superior ao do mesmo mês no ano passado. Lemos diz que este crescimento decorreu, basicamente, da expansão da carteira comercial, com saldo de R$ 8,7 bilhões, evolução de 34,8% na comparação com março de 2008. O crédito comercial para as pessoas físicas alcançou R$ 4,2 bilhões em março, aumento de 33,9% sobre o mesmo mês de 2008. Já o crédito comercial às empresas atingiu o saldo de R$ 4,5 bilhões, com incremento de 35,6% em relação ao mesmo período anterior.
O patrimônio líquido do Banrisul também cresceu e chegou a R$ 3,1 bilhões, evolução de 11,3% em relação ao montante registrado em março de 2008. Os ativos totais apresentaram, ao final de março de 2009, saldo de R$ 26,5 bilhões, com crescimento de 22,5% sobre março de 2008. Já a rentabilidade anualizada sobre o patrimônio líquido médio alcançou 14,4% no período.
Os recursos captados e administrados somaram R$ 19,4 bilhões, volume 10,2% acima do registrado no mesmo mês do ano anterior. O aumento de R$ 1,8 bilhão nos últimos 12 meses provém, especialmente, da expansão dos depósitos a prazo, que compõem 83% do incremento verificado no período. No primeiro trimestre de 2009, os depósitos a prazo e recursos administrados agregaram R$ 800 milhões ao volume total de captação.
O Índice de Basileia, que representa a relação entre o patrimônio de referência e os ativos ponderados pelo risco, demonstrando a solvabilidade da empresa, atingiu 19,1% em março de 2009, 8,1 pontos percentuais acima do exigido pelo Banco Central. Para este ano, o banco trabalha com uma expectativa de 19% nas operações de crédito.
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