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07/05/2009 - Meirelles duvida de retomada em 2009
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O dirigente participou ontem, por videoconferência, do Fórum de Economia sobre a Crise realizado pela Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs). Outro ponto destacado na sua palestra foi a perspectiva negativa para o PIB mundial neste ano que, segundo o Fundo Monetário Internacional (FMI), deve verificar uma queda de 1,3%.
O presidente do BC disse que o mercado "está um pouquinho pessimista na sua previsão de crescimento da economia brasileira". Ele lembrou que o relatório Focus dessa semana previu uma queda no PIB de 0,30% em 2009, mas destacou que, a cada pesquisa, esta estimativa vem melhorando. Ele reafirmou que o BC estimou em março um crescimento de 1,2% para 2009 e disse que a próxima previsão será divulgada em junho.
Meirelles citou também que o Brasil tem conseguido manter os níveis de reservas internacionais nos patamares semelhantes ao início da crise financeira mundial. Em agosto de 2008, as reservas somavam US$ 205 bilhões e, em 29 de abril, estavam em US$ 201,9 bilhões. Muitas economias emergentes, neste período, tiveram perda de reservas, afirmou Meirelles.
Ele lembrou que o Brasil assinou um contrato de swap de reservas com o Fed no valor de US$ 30 bilhões, mas garantiu que o País não pretende usar esta linha de crédito. Ele acrescentou que o Fundo Monetário Internacional (FMI) também colocou uma linha de crédito para alguns países, que o Brasil não usou. "Não achamos absolutamente necessário. Ao contrário, estamos prontos para financiar o FMI para ajudar na expansão das linhas de crédito", afirmou. "É uma mudança importante na relação com o FMI", disse. Ele lembrou que o México já recorreu à linha de swap do Fundo.


Ex-ministro de FHC elogia Lula na crise

O ex-presidente do Bndes (1995/1998) e ex-ministro das Comunicações (1998), Luiz Carlos Mendonça de Barros, afirmou, em palestra na Associação Comercial de São Paulo, que o Brasil vive um momento extraordinário, certamente inédito nos últimos 40 anos. Na opinião de Mendonça de Barros, o Brasil está saindo da crise de forma satisfatória, porque houve uma combinação muito positiva dos oito anos de governo FHC com dois mandatos do governo do presidente Lula. "Eu nunca pensei que falaria esse tipo de frase", disse.
Na visão do ex-ministro, a adoção de políticas econômicas consistentes por 15 anos, especialmente no combate à inflação, com foco no crescimento da economia e políticas sociais para melhorar a distribuição de renda, foi pilar importante para o Brasil atingir o atual estágio internacional. "É muito importante aliar a economia de mercado com a presença do Estado em áreas importantes", disse. "Nós sabemos que a economia de mercado, que alguns chamam de capitalismo, é o sistema mais eficiente que existe para gerar riquezas. Contudo o regime de mercados apresenta falhas para a distribuição de riquezas", disse. "Quando fui presidente do Bndes, por três anos, sofri como um cachorro porque a ala mais liberal do governo FHC queria fechar o banco", comentou.
Hoje, segundo o ex-presidente do Bndes, os bancos públicos estão cumprindo um papel relevante para reativação da concessão de crédito no Brasil, pois são responsáveis por um terço dos financiamentos da economia e vêm aumentando sua participação nessa atividade, porque os bancos privados estão reduzindo a concessão de crédito.


Posições no mercado de câmbio estariam zeradas

O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, disse que a atuação surpresa realizada pela autoridade monetária no mercado de câmbio na terça-feira zerou a posição da instituição no mercado futuro. Com a afirmação, Meirelles mostra que o BC não tem mais compromissos para entregar ou receber a moeda americana. Isso não quer dizer, no entanto, que o BC está impedido de realizar mais operações na ponta compradora ou vendedora do câmbio.
Instrumento financeiro que equivale à compra ou venda de dólares no mercado futuro, o swap cambial foi amplamente usado pelo BC nos últimos anos nos momentos em que investidores buscavam proteção na moeda americana ou nos períodos de aposta no real contra o dólar. A venda desses contratos resulta na posição vendida - que equivale à venda futura de dólares - ou comprada - compra no mercado futuro.
Segundo Meirelles, o BC chegou a ter posição comprada de US$ 22 bilhões. Esse montante foi alcançado no período em que o real teve forte valorização e o mercado preferia ter reais a dólares. Então, o BC comprava dólar futuro dos bancos. Com a crise, no entanto, o BC passou a atuar na outra ponta, a vendedora, já que o mercado passou a buscar proteção na divisa americana. Assim, a instituição começou a vender dólar futuro.
Desde setembro de 2008, tais vendas somaram US$ 33 bilhões, o que deixou - descontada a posição vendida da comprada - a autoridade monetária "vendida" em US$ 11 bilhões. Com o vencimento de boa parte desses contratos e a operação de terça-feira, que foi na ponta compradora, segundo Meirelles, o BC zerou todas as posições abertas no mercado cambial futuro. Estar no zero a zero, porém, não representa um impedimento para que o BC emita novos contratos de swap e, assim, faça novas operações no mercado futuro. Historicamente, eventuais operações desse tipo são realizadas pela autoridade monetária conforme a evolução dos mercados.


Legislação brasileira protegeu os bancos, acredita Gustavo Franco

O ex-presidente do Banco Central Gustavo Franco disse ontem, em palestra na Fiergs, que no Brasil não houve uma crise bancária, e sim um choque externo. Conforme Franco, a legislação brasileira fez com que os reflexos nos bancos do País fossem diferentes do que os impactos verificados nas instituições norte-americanas.
A lei brasileira dá poderes ao Banco Central que permitem que os bens pessoais dos acionistas controladores e dos administradores dos bancos que sofrem intervenção fiquem indisponíveis para ressarcir eventuais prejuízos de terceiros. Para Franco, esta possibilidade faz com que os administradores e acionistas brasileiros fiquem mais prudentes do que em um ambiente como o dos Estados Unidos. Também foram abordados no fórum na Fiergs os reflexos não tão tangíveis da crise. A representante do International Association for Research in Economic Psychology (Iarep) no Brasil, Vera Rita de Mello Ferreira, falou sobre os aspectos psicológicos relacionados à turbulência. Ela ressalta que, quanto mais as pessoas ficam apavoradas, mais elas tendem a não tomar decisões com serenidade. "Isso alimenta a continuação da crise", afirma Vera.
Algumas sugestões para superar a situação atual foram apresentadas no evento de ontem. O presidente da Fiergs, Paulo Tigre, defende que várias medidas adotadas na emergência da crise podem e devem ser incorporadas de forma estruturante no País. Entre elas, estão a redução de impostos nos produtos, a desoneração de investimentos, a carga fiscal zero nas exportações e o aumento da concorrência bancária.





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