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07/04/2008 - País desenvolverá menos com inflação maior, diz IIF
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A inflação brasileira subirá e a atividade terá crescimento menor neste ano e no próximo, segundo estudo divulgado ontem pelo Institute of International Finance (IIF), durante o IIF Latin America Economic Fórum, um evento que ocorre paralelamente à 49ª Reunião Anual de Assembléia de Governadores do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), realizada em Miami, Estados Unidos. De acordo com a projeção da equipe do IIF, o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro deverá mostrar expansão de 4,6% este ano e de 4,3% em 2009, percentuais inferiores à taxa de 5,4% de 2007, mas maiores do que o resultado verificado em 2006, de 3,8%.
"Este ano, esperamos um equilíbrio fiscal brasileiro robusto, em que o crescimento econômico se manterá relativamente forte", consideraram os analistas da instituição no documento. Para a inflação, o IIF calcula uma taxa de 4,6% este ano, ligeiramente acima da meta de 4,5% estipulada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) para ser perseguida pelo Banco Central.
O instituto destaca que os bancos centrais da América Latina enfrentam um conjunto de desafios sem procedentes, que é constituído de "gaps" de produção com aumento das taxas de inflação, apreciação das moedas domésticas e um enfraquecimento da demanda externa. Em resposta a pressões inflacionárias, principalmente dos custos com energia e alimentação, avaliam os técnicos do IIF, o México e o Brasil mantêm uma política de juros relativamente altos, enquanto países como Chile, Colômbia e Peru já aumentaram suas taxas. "Apesar destas ações, a inflação na maior parte dos países da região deve ficar perto ou acima do teto da banda de 2008", consideraram.
O fortalecimento dos fundamentos econômicos, a elevação dos preços das commodities, o diferencial de taxa de juros e o enfraquecimento global do dólar têm contribuído, de acordo com o relatório, para o fortalecimento das moedas da América Latina. O documento destaca o resultado do Brasil e da Colômbia, países em que as divisas apresentaram rapidamente uma valorização em relação à moeda norte-americana, tanto em termos reais quanto em nominais. Em termos reais, para exemplificar, o dólar passou de R$ 2,34 ao final de 2005 para R$ 1,78 em dezembro do ano passado. "Os bancos centrais do Brasil, Argentina e Peru continuam a intervir no mercado de moeda estrangeira num esforço para conter a apreciação da moeda doméstica."






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