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30/04/2009 - Copom corta Selic em 1 ponto percentual
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Em linha com as expectativas do mercado, o Comitê de Política Monetária (Copom) reduziu nesta quarta-feira a taxa básica de juros do País em um ponto percentual. Ao chegar ao patamar de 10,25% de juros ao ano, sem viés, a Selic alcança seu menor valor desde que foi criada. A decisão dos diretores do Banco Central foi unânime e a terceira consecutiva no ano. Em seu breve comunicado, o Copom diz que visa a ampliar o processo de distensão monetária. Desde o final de 2003, no início do governo Lula, o BC não promovia uma sequência de cortes de juros dessa magnitude. Agora, os diretores do BC só voltam a se reunir nos dias 9 e 10 de junho, daqui a 45 dias, quando deve haver um novo corte.
Segundo analistas, o comportamento da inflação, uma das principais referências do Copom para manter o movimento de redução da taxa básica, oferece condições para que se implante uma nova redução, mesmo que de menor intensidade - em janeiro e março, os cortes totalizaram 2,5 ponto percentual. Segundo o economista da WinTrade, José Góes, essa decisão se deve ao período de defasagem entre a ação do BC e seus efeitos na economia, que é de seis meses, o que aumenta o risco de a atividade econômica se acelerar demais no final deste ano e início de 2010.
Além disso, Góes lembra ainda que o governo tem adotado diversas medidas alternativas para reaquecer os negócios, reduzindo assim o peso da política monetária. Inclusive, alguns indicadores domésticos já estão melhorando, como a alta de 1,5% nas vendas no varejo e o recorde do volume de crédito. "Conforme a taxa de juros se aproxima do equilíbrio é natural que haja uma diminuição do ritmo", avalia.
Para o economista-chefe da corretora Concórdia, Elson Teles, pesa também na decisão do Copom o fato de que o Brasil tem demonstrado maior capacidade de se adaptar à nova conjuntura determinada pela crise. "A avaliação geral é de que o Brasil é um país que, uma vez passado o pior momento da crise financeira internacional, reúne as condições para uma retomada da atividade mais rápida", diz.


Bancos já passam a adotar novos índices

O primeiro efeito prático do corte da taxa básica de juros determinado pelo Comitê de Política Monetária (Copom) se deu no crédito. Logo após o anúncio, alguns bancos já comunicaram novos índices para suas operações de financiamentos e empréstimos. O Bradesco reduziu as taxas de juros em vários produtos, tanto para pessoas físicas, como para empresas. No cheque especial de pessoa física, por exemplo, a mínima caiu de 4,71% ao mês para 4,66%. Para empresas, a taxa mínima da linha de capital de giro reduziu de 1,98% ao mês para 1,90% ao mês. O HSBC também alterou suas tabelas e a partir desta quinta-feira já aplica juros menores. No crédito pessoal, a taxa máxima caiu de 7,52% para 7,44% ao mês.


Entidades empresariais defendem continuidade das reduções

Dirigentes de entidades do comércio e da indústria, setores muito afetados com redução da produção e com altos índices de desemprego, têm opiniões distintas sobre a decisão dos diretores do Banco Central. O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Armando Monteiro Neto, esperava uma redução de 1,5 ponto percentual. No seu entender, existe espaço confortável para uma queda significativa da taxa de juros brasileira, que apesar de ser a menor da história do BC, continua bastante alta. Monteiro enfatiza que a inflação está baixa e sob controle e que há sinais de recuperação da economia, embora mais lentos do que o desejável.
No Estado, o presidente da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs), Paulo Tigre, cobrou a adoção da redução de impostos juntamente com os cortes dos juros. "A economia brasileira passa por um período de forte desaceleração. Nesse momento, os números mostram que a inflação está controlada, enquanto a atividade necessita urgentemente de estímulo. Assim, diminuir os juros junto à redução de impostos é estratégia importante para incentivar a atividade produtiva no País", afirma.
De acordo com Tigre, a inflação em baixa e o fraco desempenho da atividade econômica, com destaque para redução das concessões de crédito e o desaquecimento do mercado de trabalho, são boas motivações para o Banco Central dar continuidade à queda da Selic. "Os juros reais menores estimulam os investimentos e o consumo", sugere. O presidente da Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomercio), Abram Szajman, diz que uma redução significativa da Selic é condição essencial para o equilíbrio da dívida pública. Ele defende uma queda vigorosa da taxa de juros, agora e nas reuniões seguintes, de modo que a Selic chegue ao final do ano em 8%; abaixo, portanto, dos 9,25% estimados pela maioria dos analistas ouvidos pelo BC.
Para o presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, a queda na Selic foi tímida. "Um pouco mais de ousadia traria enormes benefícios para o setor produtivo, que gera emprego e renda e anseia há tempos pelo crescimento expressivo da economia. É um absurdo esta mesmice conformista dos tecnocratas do Banco Central", afirmou, em nota oficial.





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