Pesquisa da Serasa Experian com empresários do comércio registrou no País a pior expectativa para o Dia das Mães desde 2006. Segundo o levantamento, divulgado ontem, 32% dos entrevistados esperam queda do faturamento neste ano em comparação com 2008, o maior percentual registrado desde 2006. A Serasa Experian iniciou a série histórica no segundo semestre de 2005. Entre os empresários que preveem redução do faturamento, a diminuição média esperada é de 21% na comparação com a mesma data de 2008.
Segundo a Serasa Experian, as incertezas provocadas pela crise financeira internacional, em conjunto com o aumento do desemprego e da inadimplência, influenciaram as expectativas dos varejistas para o Dia das Mães deste ano. De acordo com a pesquisa, 34% dos entrevistados preveem estabilidade no faturamento do Dia das Mães neste ano e outros 34% esperam aumento.
Entre os que apostam em alta do faturamento, o avanço médio esperado é de 15,9%, em relação à mesma data de 2008. Foram entrevistados 1.008 executivos entre 30 de março e 3 de abril de 2009. As grandes empresas são as mais otimistas com o faturamento do Dia das Mães, com 45% dos empresários prevendo elevação, 41% estabilidade e 14% queda. As médias empresas seguiram a mesma tendência, com 39% esperando aumento, 36% estabilidade e 25% queda. Já entre os executivos das pequenas empresas, 34% apostam em queda, 34% em manutenção e 32% em alta.
As expectativas dos empresários sobre as vendas neste Dia das Mães foram idênticas às de faturamento, com 32% dos entrevistados prevendo queda, o maior percentual desde 2006, 34% aumento e 34% manutenção na comparação com o mesmo período do ano passado. Entre os empresários que preveem queda das vendas, o recuo médio esperado é de 18,6% e entre os que apostam em aumento, a alta média prevista é de 15,7%.
Com relação às vendas, as grandes empresas foram novamente as mais otimistas - 54% dos empresários esperam aumento, 33% manutenção e 13% queda. Já entre as médias empresas, 38% preveem aumento das vendas, 38% manutenção e 24% queda. Entre as pequenas empresas, por outro lado, 36% dos empresários apostam em queda das vendas, 33% em estabilidade e 31% em alta.
Para os varejistas, o lançamento de novos produtos, a variedade e as promoções serão determinantes para o crescimento das vendas na data comemorativa deste ano. Segundo a pesquisa, os entrevistados acreditam que os presentes que terão maior demanda serão roupas, sapatos e acessórios, citados por 29% dos entrevistados; seguido por flores (19%); celulares (16%); eletrodomésticos (13%); perfumarias e cosméticos (7%); eletrônicos (5%); joias e relógios (2%), e chocolates e doces (2%).
A Serasa Experian destacou que a presença de flores como segunda opção de presente ilustra a preocupação dos consumidores com a inadimplência, uma vez que roupas, sapatos e acessórios, que ficaram em primeiro lugar, possuem uma enorme variedade de preços. De acordo com o levantamento, produtos mais dependentes de crédito, como celulares e eletrodomésticos devem perder a preferência do consumidor na comparação com o Dia das Mães do ano passado. "Será uma data de produtos mais baratos e dependentes das promoções do varejo para alavancar vendas, sobretudo as de última hora", afirmaram os técnicos da Serasa Experian.
De acordo com a pesquisa, os empresários esperam que 52% das vendas sejam feitos à vista e 48% a prazo neste Dia das Mães. As vendas à vista serão compostas por dinheiro (43%), cartão de crédito (22%), cheque (18%), cartão de débito (16%) e cartão da própria loja (1%). Na modalidade a prazo, foram citados cartão de crédito parcelado (40%), cheque pré-datado (35%), financiamento ou crediário (21%), cartão de débito parcelado (3%) e cartão da própria loja parcelado (1%).