busca da excelência administrativa é fundamental para que as organizações estejam preparadas para enfrentar situações econômicas adversas. A afirmação é do presidente do Conselho Diretor do Programa Gaúcho da Qualidade e Produtividade (PGQP), Ricardo Felizzola, emitida durante a 45ª Reunião da Qualidade, que aconteceu ontem no Teatro do Sesi, em Porto Alegre. No encontro, que teve como tema Gestão da Qualidade: é hora de fazer o que dá certo, foram apresentadas palestras e cases de sucesso na disseminação de práticas de excelência.
"Temos que reforçar nossa crença de que a boa gestão das empresas é o mínimo necessário para que se tenha certa proteção contra os ambientes adversos", afirmou Felizzola. Ele destacou ainda que a preocupação com a competitividade deve ser uma constante no pensamento empresarial, mesmo quando os cenários econômicos apresentam-se estáveis. "O empresário é um sujeito inquieto por natureza, tem que estar sempre melhorando porque, com crise ou sem crise, a competição existe", lembrou.
Entre os palestrantes, o diretor de assuntos corporativos da Cargill, Afonso Champi, apresentou casos práticos de gerenciamento de crises. Champi, que é autor do livro Diário de uma crise: lições do caso Parmalat, destacou que, apesar da grande preocupação atual com as influências externas, a maior parte das crises empresariais são originadas internamente. "Cerca de 81% das crises têm origem dentro das próprias empresas, então podemos dizer que uma situação interna mal gerenciada, como foi o caso da Parmalat em 2003 e 2004, acaba gerando uma emergência que, se não remediada, gera uma crise."
Champi afirmou que é essencial que as empresas brasileiras tenham uma cultura de prevenção às crises que seja integrada à busca da qualidade na gestão. Segundo o diretor da Cargill, o Brasil tem avançado muito nessa agenda. "Os empresários brasileiros estão cada vez se preparando mais para lidar com crises quando aparecem, algumas companhias já estão mais evoluídas nesse sentido, mas de um modo geral o País está bem adiantado nesse quesito", informou.
O coordenador-executivo do PGQP, Luiz Pierry, destacou a atuação do programa em seus 17 anos de atividades e apresentou alguns projetos prioritários para a gestão 2009/2010, como o Programa de Melhoria da Gestão, o aumento da efetividade dos comitês e a reestruturação do processo para a captação de recursos. Ele também ressaltou os resultados do PGQP no Estado. Segundo o coordenador-executivo, o programa possui 1,2 milhão de pessoas envolvidas, 8,4 mil organizações com Termo de Adesão, 2.432 empresas diplomadas, 458 organizações diferentes agraciadas com o Prêmio Qualidade RS, 79 comitês setoriais e regionais e 15 mil voluntários.
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