A crise não deverá fazer com que as mamães deixem de ganhar presentes no seu dia. Essa é a perspectiva apontada pela pesquisa, realizada pela Federação das Câmaras dos Dirigentes Lojistas do Rio Grande do Sul (FCDL-RS), que aponta a intenção de compra e expectativa de vendas no Dia das Mães. Segundo o estudo, entre as 2.498 pessoas entrevistadas, 82% pretendem gastar até R$ 150,00 em presentes para suas mães. Além disso, 54,15% declararam que manterão os gastos do ano passado, enquanto 33,08% deverão comprar menos e 12,77% afirmaram que comprarão a mais. "Isso é notícia muito positiva dentro da atual conjuntura, e nossa expectativa é de um crescimento em torno de 7% nas vendas do comércio gaúcho para esta data em relação a 2008", comemora Vitor Augusto Koch, presidente da FCDL-RS.
Os lojistas parecem mesmo otimistas em relação às vendas para a data. A pesquisa revela que 60% deles acreditam que a comercialização para o Dia das Mães deste ano será melhor que em 2008, e 30% apostam na mesma venda do ano anterior. Além disso, outros 30% afirmaram que devem contratar funcionários temporários para atender à maior demanda. "Acredito que cerca de cinco mil pessoas deverão ser empregadas no comércio nesse período", afirma Koch.
Entre os produtos mais procurados para presentes estão os artigos de vestuário, cosméticos, joias e eletrodomésticos. Neste último caso, a expectativa de crescimento nas vendas é ainda maior, devido à redução do IPI para produtos da linha branca. Entre as empresas que atuam no ramo, as Lojas Colombo projetam um crescimento de 15% a 20% na comercialização de produtos beneficiados com a diminuição do imposto. "Além do desconto médio de 10% devido ao menor IPI, a Colombo selecionou produtos das linhas beneficiadas com descontos entre 15% e 20%", aponta Thiago Baisch, diretor de marketing da companhia. Com essas ações, a empresa espera superar em 10% o desempenho do Dia das Mães do ano passado.
O setor joalheiro também tem boas perspectivas para o início de maio. Segundo Rogério Sperb Rodrigues, presidente da Associação do Comércio de Jóias, Relógios e Ópticas do Rio Grande do Sul (Ajorsul), os lojistas do segmento esperam um crescimento em torno de 5% em relação ao ano passado. "Tradicionalmente este é um período muito bom para nós, em termos de vendas só perde para o Natal, e os bons resultados que se apresentarem irão nos dar condições de enfrentar o segundo semestre", afirma.
Um pequeno acréscimo nas vendas também é esperado pelos supermercadistas gaúchos. De acordo com o presidente da Associação Gaucha de Supermercados (Agas), Antônio Longo, as empresas do setor deverão ter um aumento de 3% a 5% na arrecadação deste ano em relação a 2008. "Isso será reflexo tanto dos tradicionais produtos de celebração da data, como bombons, flores, carnes para churrasco, como de presentes adquiridos em hiper e supermercados", explica.


Shoppings e restaurantes estão otimistas para a data

O sentimento otimista para o Dia das Mães encontra reflexo nos grandes centros comerciais de Porto Alegre. No shopping Praia de Belas, a expectativa é de uma elevação de 10% nas vendas sobre a mesma data do ano passado. "O crescimento deste ano vem ancorado nas promoções do shopping e dos lojistas, nos eventos diferenciados, no crescimento do fluxo de pessoas e em várias e bem-sucedidas operações novas", afirma Sérgio Zukov, gerente-geral do shopping center.
Já no Shopping Total, a estimativa é de que as vendas do mês de maio cresçam de 15% a 17%. "Vamos fazer uma promoção unindo o Dia das Mães com o aniversário do shopping, o que ajudará a atingir esta meta", informa Karine Diniz Junqueira, gerente de marketing. Em relação aos produtos mais procurados, Karine acredita que a maioria dos consumidores deverá concentrar sua opção de presentes na faixa entre R$ 50,00 a R$ 70,00.
A data também é esperada com ansiedade pelo segmento de restaurantes. Segundo Cacildo Vivian, presidente do Sindicato da Hotelaria e Gastronomia de Porto Alegre (Sindpoa), o fluxo de fregueses nos restaurantes da Capital gaúcha durante o Dia das Mães chega a subir 40% em relação à média anual. "Isso causa até mesmo um certo transtorno, por que as famílias que procuram lugares para fazer suas refeições se concentram no horário entre as 12h e as 13h30min, criando longas filas de espera", fala. Para evitar estes problemas, o presidente sugere que as pessoas procurem ir aos restaurantes em horários alternativos.
Esse conselho é confirmado por Sanzi Biagio, proprietário do restaurante Copacabana, tradicional estabelecimento localizado no bairro Cidade Baixa. "A melhor coisa que as famílias podem fazer é vir cedo, para garantir seus lugares, pois quando o movimento é muito grande temos que suspender as reservas", explica. Com capacidade para 300 pessoas em quatro salões, o local sempre apresenta grande movimento na data. "Esse é nosso melhor dia em todo o ano, e temos a lotação sempre completa", afirma.