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08/04/2009 - IBGE eleva projeções para a safra 2009
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O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) elevou mais uma vez a estimativa para a safra 2009. Segundo o levantamento de março, a produção agrícola do País vai somar 136,4 milhões de toneladas. A projeção é 0,8% superior à de fevereiro, na segunda revisão consecutiva para cima na estimativa. Apesar da queda prevista de 6,5% na safra ante o ano passado, a produção esperada será a segunda maior já registrada na história do País, perdendo apenas para 2008, quando a colheita atingiu 145,9 milhões de toneladas.
O gerente de agricultura do IBGE, Mauro Andreazzi, lembrou que a safra nacional só ultrapassou as 100 milhões de toneladas a partir de 2003 e a projeção atual, apesar da queda ante o ano anterior, aponta uma produção ainda muito elevada. Ele admite, porém, que os altos custos reduziram o uso de adubos e tecnologia no campo e levaram a soja, principal cultura da safra brasileira, a uma queda estimada de 2,3% este ano em relação ao ano passado, para 58,47 milhões de toneladas.
O segundo principal produto da safra, o milho, também terá um recuo, de 12,6% na colheita em 2009 ante o ano passado, chegando a 51,9 milhões de toneladas. Segundo Andreazzi, a safra dessa cultura está sendo afetada pela queda nos preços por causa do recuo na demanda internacional. O preço da saca de milho, que chegou a R$ 23,00 no ano passado, hoje não ultrapassa, segundo ele, R$ 17,00.
O gerente explicou que os produtores de milho foram estimulados, a partir de 2007, pelo aumento do consumo mundial do produto, seja por causa do acréscimo na venda de alimentos ou a produção de etanol (com milho) nos Estados Unidos. Essa conjunção de fatores elevou os preços do produto, derrubados a partir do agravamento da crise, junto com as demais commodities, no segundo semestre do ano passado.
Além da redução no total produzido, a safra 2009 também trouxe uma mudança na fatia de participação das principais culturas, em relação à safra anterior. O milho, que contribuiu com 40,4% da colheita total do ano passado, reduziu para 37,8% este ano, enquanto a soja fez o caminho inverso - exatamente pela perda do milho -, passando de 41% para 42,9%.


Estiagem pode acarretar perdas de até 12% na soja

A falta de chuvas que tem tirado o sono de muitos sojicultores gaúchos pode acarretar perdas entre 10% e 12% nas lavouras das regiões Norte e Noroeste do Estado. Segundo a Emater-RS, cerca de 55% das áreas plantadas estão em fase de enchimento de grãos, momento em que a exigência hídrica é bastante elevada e que o prejuízo com a estiagem costuma ser muito expressivo.
Conforme a diretora técnica Águeda Marcéi Mezomo, ainda que a quebra se confirme, os produtores poderão mesmo assim contar com uma boa safra semelhante à colhida em 2008. "No ano passado, produzimos 7,67 milhões de toneladas e para este ano a previsão antes da estiagem era de 8,4 milhões. Se a redução for mesmo de 12% o volume ficará bem parecido com o colhido em 2008", avaliou. Os produtores têm intensificado o processo de colheita, contabilizando até agora 9% de área colhida desde o início da safra.
Preocupados com os efeitos da estiagem, uma comitiva de prefeitos de várias regiões do Estado atingidas pela seca esteve reunida ontem com o presidente da Comissão de Agricultura, Pecuária e Cooperativismo da Assembleia Legislativa, deputado Edson Brum (PMDB), para debater ações emergenciais junto a diversas secretarias.
O deputado diz que tem recebido pedidos de socorro de quase todas as regiões do Estado. "São prefeitos desesperados porque já não podem atender a suas comunidades e estão vendo as lavouras sentirem os efeitos da falta de chuvas e as safras, principalmente de soja e milho, serem perdidas." Segundo Brum, mais de 104 municípios já decretaram situação de emergência e alguns encontram dificuldades até para o abastecimento de água potável para o consumo humano. "O que os prefeitos pedem é a liberação de caminhões-pipa, perfuração de poços artesianos, ligação dos poços com as bombas e redes de distribuição, anistiar o troca-troca de sementes, além de recursos financeiros para ajudar as prefeituras para aquisição de caixas d'água e cisternas", disse.
O deputado estadual Jerônimo Goergen (PP), coordenador da Frente Integrada para o Agronegócio da Assembleia, solicitou audiência pública para tratar dos efeitos da seca. "De um modo geral teremos uma boa safra. No entanto, isto não pode ofuscar a dificuldade que os produtores vêm tendo em razão da estiagem e este fato passar desapercebido", ressalta o deputado.


Governo cobra ação de empresas para ampliar oferta de fertilizante

O ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, defendeu ontem um maior comprometimento da iniciativa privada e dos parlamentares com uma política que permita a ampliação de oferta de fertilizantes no mercado interno. Ele classificou o assunto como "crítico". Nos próximos 15 dias ele vai se reunir com o Ministério de Minas e Energia para discutir uma proposta para elevar a oferta interna de insumos agrícolas. Hoje, o Brasil importa, em média, 70% do fertilizante que consome. E no caso do potássio, este percentual é ainda maior, chegando a 91%.
Segundo ele, quatro países têm jazidas de potássio em todo o mundo e que estas minas são exploradas por três empresas. "Há uma concentração, todos os preços caíram depois da crise internacional, menos o do potássio", afirmou. O ministro salientou que há estudos no ministério que mostram que quando a renda agrícola sobe, os preços do potássio acompanham. "Eles sugam parte da renda do agricultor", afirmou.
Ao fazer uma análise do mercado brasileiro, salientou que as três empresas - Bunge, Mosaic e Yara - que atuam com fertilizantes no Brasil são ligadas do ponto de vista societário. No caso específico dos nitrogenados, a previsão é a construção de mais duas unidades da Petrobras, o que deve reduzir os preços deste componente do fertilizante. Stephanes defendeu que a Petrobras se associe a grupos de produtores ou cooperativas como forma de ampliar a oferta no mercado interno. No caso do fósforo, o ministro disse que os estudos mostram que há reservas em volume suficiente para atender à demanda nacional e ainda levar o País à condição de exportador.
"Fizemos um levantamento de todas as jazidas e muitas empresas estão sentadas em cima das minas", afirmou. Uma das ideias do plano que está sendo elaborado pelo governo é a retomada das jazidas que não estão sendo exploradas. Stephanes conversou com as empresas que atuam nesta área e que elas garantiram que irão cumprir um cronograma de investimentos. Sobre o mercado de potássio, a produção nacional atende a 9% da demanda, mas há boa chance de elevar o percentual para 25%, segundo estimativas do governo. Os estudos consideram como "muito provável" que haja uma grande jazida que vai de Sergipe até o Espírito Santo.





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