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07/04/2009 - Acionistas da Sadia vão processar seu ex-diretor
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Os acionistas da Sadia decidiram ontem em assembleia extraordinária processar o ex-diretor financeiro da empresa por perdas em operações com derivativos. A Sadia registrou prejuízo recorde de R$ 2,5 bilhões em 2008, sob impacto das operações cambiais, os chamados derivativos. Segundo a empresa, os gastos com derivativos cambiais representaram 65,52% das despesas financeiras no ano - R$ 2,550 bilhões de R$ 3,892 bilhões.
A decisão foi aprovada por unanimidade e prevê uma ação de responsabilidade contra Adriano Lima Ferreira, ex-diretor de finanças e desenvolvimento corporativo. Em comunicado ao mercado, a Sadia informou ainda que os acionistas também optaram pela "contratação de advogados especializados para prepararem e promoverem" a ação. A reunião de ontem foi presidida por Luiz Fernando Furlan e contou com mais de 63% do capital social votante, bem como acionistas titulares de ações preferenciais.
No final do mês passado, em decorrência da divulgação dos resultados da companhia em 2008, o diretor-presidente da empresa, Gilberto Tomazoni, afirmou que a empresa "não corre qualquer risco de insolvência" e que os prejuízos com derivativos não prejudicaram o clima interno. Nos últimos três meses do ano, o prejuízo foi de R$ 2,042 bilhões. Se a empresa não tivesse que antecipar em seu resultado de 2008 as perdas que deverá registrar ao longo de 2009, o prejuízo seria de R$ 468 milhões.


CVM multa Ricardo Mansur por irregularidades na Mesbla

Irregularidades no relacionamento com investidores por parte da Mesbla levaram a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) a multar o empresário e diretor-presidente da loja de varejo Ricardo Mansur em R$ 100 mil. O vice-presidente Leonel Pozzi também recebeu multa, no montante de R$ 50 mil. Ambos podem recorrer no Conselho de Recursos.
Pesa contra Mansur e Pozzi uma série de infrações contra o mercado. Em comunicado, a Comissão aponta a não elaboração das demonstrações financeiras, não convocação e não realização de assembleia geral ordinária e não eleição de um diretor de relações com investidores. O colegiado da CVM também sugeriu à área técnica do órgão que apure denúncia de descumprimento de uma punição anterior a Mansur, que vetava sua participação na administração da companhia entre os anos de 2002 e 2007.
A Mesbla e o Mappin, as duas redes que pertenciam a Mansur, quebraram em 1999, deixando dívidas avaliadas em R$ 1 bilhão. Após três anos sem prestar informações à CVM, a empresa de capital aberto da Mesbla teve seu registro cassado. Ainda neste ano, a Superintendência de Relações com Empresas, da CVM, formulou as acusações sobre a lacuna na prestação de informações financeiras e falta da nomeação de um responsável pela área de relações com investidores. Em sua defesa, Mansur alegou que a empresa de capital aberta era holding pura da Mesbla Lojas de Departamentos S.A. Por esse motivo, "houve o total esvaziamento do objeto social da Mesbla, razão pela qual, a partir de então, inexistiam quaisquer informações a serem encaminhadas pela CVM". Já Pozzi argumentou que "foi nomeado diretor da Mesbla S.A. sem qualquer consulta prévia pelo controlador do grupo" e que nunca recebeu "qualquer importância por essa indicação".
Também acrescentou que "o termo de acusação desconsiderou a impossibilidade de cumprimento da obrigação atribuída ao acusado por circunstâncias alheias à sua vontade''. Segundo o vice-presidente, "os livros contábeis encontravam-se indisponíveis em virtude da falência da Mesbla Lojas de Departamento S.A., controlada da Mesbla".






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