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01/04/2009 - OCDE prevê a contração do PIB brasileiro em 2009
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"A economia mundial está no meio de sua recessão mais profunda e generalizada das nossas vidas, causada por uma crise financeira e incrementada por um colapso do comércio global", afirmou Klaus Schmidt-Hebbel, economista-chefe da OCDE.
O relatório prevê, para 2009, uma contração média de 4,3% do PIB dos 30 países mais industrializados, índice que deve ficar negativo em 0,1% em 2010, indicando uma sensível piora do quadro anterior, divulgado em novembro do ano passado. Na ocasião, a OCDE esperava uma contração de 0,4% este ano e um crescimento de 1,5% em 2010.
A previsão de contração do PIB brasileiro, apesar de mais otimista do que para o restante do mundo, contrasta com a opinião da maioria dos analistas, que espera crescimento na casa de 1%. Na segunda-feira, o Banco Central brasileiro revisou para baixo sua previsão de crescimento em 2009, que passou a ser de 1,2%.
"A atividade se desacelerou no último trimestre de 2008. Conforme a crise financeira mundial se intensificou, a produção industrial se viu sacudida nos setores sensíveis ao crédito", diz o relatório. A OCDE afirma, porém, que o setor apresentou melhora em janeiro, com destaque para o aumento na venda de veículos.
Segundo a organização, o governo brasileiro ainda tem ampla margem para prosseguir com as medidas para flexibilizar a política monetária, proporcionando melhores condições no acesso ao crédito.
O relatório da OCDE chega a dois dias da cúpula do G-20, que acontece amanhã em Londres. A reunião é a grande aposta dos países para encontrar uma solução para a crise, que se arrasta desde 2008.
Em discurso de abertura da 2ª Cúpula América do Sul-Países Árabes, realizada em Doha (Catar), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu ontem a retomada das negociações da Rodada de Doha - e a importância do comércio entre os países como forma de estimular o crescimento econômico mundial. Para Lula, "nenhum país conseguirá superar a crise com ações isoladas. Sem solidariedade e espírito de cooperação, não colocaremos em prática ações coletivas e coordenadas indispensáveis". "Medidas de estímulo das economias não devem redundar em práticas protecionistas, que somente agravarão a turbulência, exercendo um efeito dominó difícil de reverter", disse.
Lula fez um duro ataque contra as economias desenvolvidas, alegando que são responsáveis não apenas para crise, mas pela degradação ambiental, desequilíbrios no comércio e até mesmo pela insegurança coletiva. O presidente já havia declarado há poucos dias que a crise tinha olhos azuis. Ontem, os governos dos dois blocos aprovaram um comunicado pedindo que os países ricos assumam as responsabilidades da crise e ajudem os países mais vulneráveis. Mas Lula também insistiu na necessidade de as economias emergentes unirem forças para defender seus interesses e evitar que a recessão se transforme em um "terremoto social e político".


Presidente brasileiro chega à França para confirmar parceria no G-20

Os presidentes do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e da França, Nicolas Sarkozy, se reúnem hoje, no Palácio do Eliseu, em Paris, para discutir os últimos detalhes da aliança que os dois países pretendem formar na Cúpula do G-20, em Londres, na quinta-feira. Desde fevereiro, os dois chefes de Estado trocam correspondências visando a uma colaboração estreita na reunião, em especial em torno de propostas sobre a regulação do sistema financeiro internacional. Lula chegaria a Paris no início da madrugada e se hospedaria no hotel Le Meurice. O encontro com Sarkozy está previsto para as 12h15min.
Nessa reunião, os dois líderes devem afinar os últimos pontos da ação conjunta que os dois governos pretendem empreender em Londres. Essa aproximação, iniciada em dezembro, quando da visita de Sarkozy ao Brasil, foi sedimentada em 27 de fevereiro, quando Brasília oficializou, por meio de uma carta, a intenção de que os dois países formassem uma aliança no G-20 em torno de posturas comuns. A correspondência foi entregue em mãos pelo ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim. Na prática, a troca de mensagens aproximou o Brasil da Europa Continental, que vai unida para Londres. Dentro da União Europeia, a França e a Alemanha agruparam-se em uma frente pela reforma dos mecanismos de supervisão do sistema financeiro e pelo combate aos paraísos fiscais. O Reino Unido, de outro lado, mostra-se mais empenhado em negociar o reforço dos pacotes de estímulo, como havia proposto o governo dos Estados Unidos.
Entre os pontos de acordo entre os Brasil e França estão bandeiras como a maior regulação das instituições financeiras e a mudança na estrutura de votação do Fundo Monetário Internacional (FMI), condição para a injeção de recursos pelos países emergentes. Outros pontos discutidos entre os dois países foram alterações nas normas de Basileia - que regulam a alocação de capital em investimentos de risco - e o aumento das linhas de financiamento do Banco Mundial para o comércio global.
"As nossas visões são muito parecidas com relação à necessidade de maior supervisão, com a necessidade da participação dos países em desenvolvimento em certos mecanismos", disse, em fevereiro, Amorim.


Reunião deverá expor divergências até entre emergentes

No discurso está o desejo de ação coordenada, na prática imperam as necessidades individuais impostas pelas diferenças entre os países que lideram a busca de soluções para a maior crise econômica desde a Grande Depressão. A tão aguardada reunião do G-20, amanhã, em Londres, deve evidenciar as dificuldades para a obtenção de acordo mesmo entre nações emergentes, que lutam por mais espaço na governança global.
Nos últimos dias, os governantes têm se esforçado para tentar diluir a percepção de que o encontro caminharia para um impasse, piorando a já delicada situação da economia mundial. O principal desafio é definir a prioridade no combate à crise. De um lado, os Estados Unidos defendem mais estímulos fiscais, mas a Europa quer maior regulamentação do sistema financeiro
O trabalho das autoridades significa ajustar as expectativas, considerando que é praticamente impossível eliminar todas as divergências entre um grupo tão diverso. Em entrevista ao Financial Times nesta semana, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse que tanto os pacotes fiscais quanto as novas regras para os mercados são necessários. "O mais importante é dar uma forte mensagem de união para enfrentar a crise", afirmou Obama, que participará de seu primeiro encontro multilateral. O primeiro-ministro do Reino Unido, Gordon Brown, teve de recuar em sua defesa dos novos pacotes porque enfrentou oposição interna do seu ministro de Finanças, Alistair Darling, e o do presidente do Banco da Inglaterra, Mervin King.
A China acabou levantando uma nova polêmica dias antes da reunião. O presidente do banco central chinês, Zhou Xiaochuan, defendeu a substituição do dólar como moeda de reserva internacional pelos Direitos Especiais de Saque usados pelo FMI. A sugestão encontrou respaldo nos governos da Rússia e do Brasil, países que também acumularam volumes expressivos de reservas nos últimos anos.





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