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27/02/2009 - Crédito encolhe e inadimplência cresce
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A crise mundial está produzindo dois fenômenos financeiros no País. De um lado, as instituições financeiras estão emprestando menos: as concessões de crédito voltaram a cair em janeiro após dois meses de recuperação. De acordo com a pesquisa de crédito do Banco Central, a média diária de liberação de novos empréstimos caiu 13,7% em relação a dezembro e 3,7% em relação a janeiro de 2008. De outro lado, desde agosto de 2007 a inadimplência não era tão alta. O BC informou que o calote no crédito concedido pelos bancos subiu de 4,4% em dezembro de 2008 para 4,6% em janeiro deste ano. Esse é o maior nível registrado desde agosto de 2007, quando a inadimplência média ficou em 4,7%.
Nos empréstimos, o resultado negativo foi afetado pela redução no crédito para as empresas, que caiu 21,2% no mês e 7,2% em 12 meses. Já o crédito ao consumidor subiu 3% nos dias comparados. Considerando o estoque de crédito, houve crescimento de 0,2% no mês. Com isso, o volume de dinheiro emprestado chegou ao valor novamente recorde de R$ 1,229 trilhão. Isso representa um aumento de 30,1% nos últimos 12 meses.
O volume de crédito também foi recorde na comparação com o PIB (Produto Interno Bruto, soma das riquezas produzidas), passando de 41,1% em dezembro para 41,2% no mês passado.
Já quanto à inadimplência, o aumento foi liderado pelo segmento das pessoas físicas, cuja parcela das operações com atraso superior a 90 dias subiu de 8% para 8,3%. Segundo as séries históricas do BC, esse é o maior nível de inadimplência com operações de pessoas físicas desde maio de 2002, quando o percentual era de 8,4%. No segmento pessoas jurídicas, a inadimplência subiu de 1,8% para 2%, atingindo o maior patamar desde novembro de 2007, quando estava em 2,2%.
A taxa de juros média do crédito com recursos livres caiu em janeiro para 42,4% ao ano, ante 43,3% em dezembro. Essa redução foi determinada, basicamente, pelo segmento pessoa física, em que a taxa de juros média passou de 58,1% ao ano em dezembro para 55,1% em janeiro. No segmento pessoa jurídica, a taxa de juros média subiu de 30,7% para 31% ao ano.
O spread bancário (diferença entre a taxa de captação dos recursos pelo banco e a taxa final cobrada no empréstimo) teve uma queda geral de 0,3 ponto percentual em relação a dezembro, atingindo 30,4 pontos percentuais ao ano. O spread médio da pessoa física recuou de 45,2 pontos para 43,6 pontos. Já o spread médio da pessoa jurídica subiu de 18,4 pontos para 18,8 pontos percentuais.
O chefe do Departamento Econômico do Banco Central (Depec), Altamir Lopes, afirmou que a queda no spread médio cobrado nas operações de crédito para pessoa física ocorreu como reversão de um movimento defensivo das instituições realizado durante o início da fase aguda da crise. Segundo ele, as instituições, temendo uma explosão da inadimplência, elevaram suas taxas nos primeiros meses da crise. Como esse cenário não se confirmou, os bancos em janeiro e também em fevereiro estão devolvendo parte desse movimento.
"Os bancos reduziram o spread porque fizeram um movimento defensivo antes, elevando substancialmente a taxa. Eles elevaram a taxa numa perspectiva de aumento mais forte da inadimplência, o que não se deu. O padrão de inadimplência hoje é mais alto, mas está dentro da normalidade. A partir dessa observação, instituições fizeram análise de risco e começaram a reduzir as taxas", disse Altamir, para quem o movimento deve ser considerado representativo.
Ele destacou que a queda do spread foi acompanhada pelo total repasse do menor custo de captação dos bancos em janeiro. Altamir explicou que o aumento dos atrasos de pagamentos superiores a 90 dias em janeiro é sazonal, pois as famílias têm no mês um maior comprometimento da renda com pagamento de impostos e despesas escolares de filhos. "A inadimplência não explodiu", afirmou.
O chefe do Depec explicou que o movimento de elevação dos atrasos de pagamento foi determinado pelo envelhecimento da carteira de financiamento de veículos. Isso porque, segundo ele, há uma migração desse tipo de financiamento para o leasing, cujos números não são apurados nas contas do Banco Central. Ou seja, o crescimento da carteira de veículos pelo crédito direto ao consumidor (CDC) é muito pequeno. Empréstimos novos tendem a reduzir a média de inadimplência. Como esse movimento é fraco no CDC, a média tende a subir. A isso soma-se o fato de que empréstimos mais velhos têm risco maior de não-pagamento.





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