A Central Única dos Trabalhadores realiza nesta quarta-feira várias manifestações pelo Dia Nacional de Luta pelo Emprego e Salário. As ações começaram ainda pela madrugada. Segundo Celso Woyciechowski, presidente da CUT-RS, a CUT reivindica a manutenção do empregos, com flexibilização da carga horária se necessário.
— O que não pode haver é redução de salários, pois isso impacta diretamente na crise, reduzindo o potencial de consumo dos trabalhadores.
Trabalhadores protestaram na RS-118, em Sapucaia do Sul, pela duplicação da via, interrompendo o trânsito por alguns minutos.
— Os motoristas receberam bem a manifestação e concordaram com a necessidade de duplicação.
No início da manhã, começava também um ato em frente à AGCO em Canoas. Segundo Woyciechowski, haverá ainda atos junto à Fiergs e ao Palácio Piratini, programados para as 9h30min e 11h, respectivamente.
De acordo com o site da CUT, em Pelotas, haverá um ato no Calçadão com panfletagem a partir das 10h. O ato das Regionais da CUT Missões e CUT Celeiro será às 18h, na Praça Getúlio Vargas, localizada no Centro do município de Santa Rosa. Haverá panfletagem e ato cultural.
Em Ijuí, haverá uma plenária às 9h, no Sindicato dos Professores do RS (Sinpro-RS), seguida de passeata no centro da cidade. Em Passo Fundo, após a panfletagem durante a madrugada nas portas das fábricas, os trabalhadores devem seguir em caminhada até a Praça Municipal.
Pelo Brasil
Uma das principais e maiores atividades acontece na cidade do Rio de Janeiro, com passeata e ato político diante da sede administrativa da Vale. Promovido pela CUT-RJ, o ato político em frente à Vale começa às 16h, com a presença do presidente nacional da CUT, Artur Henrique.
O Sindicato dos Metalúrgicos do ABC promove hoje em São Paulo manifestação na porta da Volkswagen, em São Bernardo do Campo (SP). O ato, que deve reunir milhares de trabalhadores para protestar contra as demissões, faz parte de mobilização organizada pela Central Única dos Trabalhadores (CUT) para marcar a data de mobilizações.
O protesto — chamado de Querem Lucrar com a Crise. A Classe Trabalhadora não Vai Pagar esta Conta — cobrará responsabilidade social de empresários que, sob a desculpa da crise mundial, estão demitindo e cortando salários, apesar de terem vivido cinco anos consecutivos de recordes de produção, vendas e faturamento. Além disso, o objetivo é denunciar que os banqueiros continuam dificultando o crédito com os juros mais altos do mundo, apesar da ajuda federal, e que o governo de São Paulo nada tem feito para combater a crise no estado mais rico da Federação.
Os metalúrgicos vão pedir ainda que o governo federal exija que todas as empresas que receberem isenção de impostos ou empréstimo com dinheiro público se comprometam a não demitir, sob pena de punição. Durante o protesto, os trabalhadores receberão informações sobre a organização do seminário regional que vai reunir prefeitos, sindicatos e empresários do ABC para debater e apresentar propostas de combate à crise e às demissões e para a retomada do crescimento.
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