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13/01/2009 - Economia brasileira foi a menos atingida pela crise econômica mundial, segundo OCDE
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Mesmo assim, Brasil recebeu classificação de "atividade em declínio"
O Brasil é o país que menos sofreu com a crise econômica mundial, segundo estudo divulgado nesta segunda-feira pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). De acordo com o documento, a economia brasileira teve um recuo de 2,9 pontos e recebeu a classificação "atividade em declínio".

O estudo, que se baseou em dados do mês de novembro de 2008, aponta forte desaceleração na União Européia, na Ásia, nos Estados Unidos e nas grandes economias emergentes. O levantamento inclui os 30 países membros da OCDE e outras cinco importantes economias que não integram o grupo, entre elas as do chamado Brics — Brasil, Rússia, Índia e China.

O índice, considerado uma média dos indicadores econômicos, gira em torno do número 100. A OCDE classifica como "em expansão" economias com índice em crescimento e acima de 100. São definidas como "em declínio" economias acima de 100 mas com tendência de recuo na atividade econômica. Países com indicadores abaixo de 100, mas em crescimento, são classificados como "em recuperação". Já aqueles com índice abaixo de 100, e com economia em retração, são definidos como "em desaceleração".

O Brasil é o único que manteve classificação acima de 100 no segundo semestre de 2008. Em novembro, o índice da OCDE ficou em 101,2 pontos contra 102,3 em outubro, 103,2 em setembro, 103,9 em agosto e 104,1 em julho. A Rússia foi o país com pior desempenho em novembro. O índice, de 89,8 pontos, é um pouco superior ao da China, mas representa recuo de 13,8 pontos na comparação com o mesmo período do ano passado.

Como em praticamente todos os países, a queda vem se acentuando desde julho. Na China o índice ficou em 88,5 — 12,9 pontos abaixo da média de indicadores econômicos de novembro de 2007. Na Índia a desaceleração de novembro foi de 7,6 pontos frente ao mesmo período do ano. Todas as grandes economias mundiais também registraram forte desaceleração, com índices abaixo de 100 desde julho.

A maior economia do mundo, os Estados Unidos receberam índice de 92,2 pontos em novembro, uma queda de 8,7 pontos na comparação com novembro de 2007. No Japão, país com segundo maior Produto Interno Bruto (PIB) do mundo, o recuo foi de 5,5 pontos em relação ao mesmo período do ano anterior, e o índice de novembro ficou em 93,7 pontos. Na Alemanha, terceira no ranking mundial, o índice da OCDE ficou em 91,6 pontos — queda de 10,7 pontos.

O cenário não foi melhor nos países da zona do euro. A queda em relação a novembro de 2007 foi de 7,6 pontos, com índice de 94,3 pontos. Considerando-se as cinco maiores economias asiáticas (China Índia, japão, Indonésia e Coréia), a atividade econômica recuou 9,5 pontos, merecendo classificação de 91,6 pontos. Já os membros da OCDE registraram desaceleração de 7,3 pontos no confronto com novembro de 2007, com índice geral de 93,8 pontos.






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