9/1/2009

Mesmo com a crise que nocauteou até a poderosa indústria automobilística dos EUA, a China continua sendo a referência no crescimento do Produto Interno Bruto. Não crescerá mais os incríveis 11% ou 12% dos últimos anos e os chineses terão de se contentar com apenas entre 7% e 9%, o que soa quase como um deboche para a América Latina e também para os ricos, com a crise, pois os EUA tiveram a primeira deflação desde 1947. Por isso lembramos os dados divulgados pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), segundo os quais a riqueza média do brasileiro aumentou pouco mais de um terço em 30 anos. Entre 1975 e 2004, o PIB per capita cresceu dez vezes na China, três na Índia e quase dobrou nos EUA, Espanha, Finlândia e Alemanha. Nos 10 países analisados pelo Ipea, o Brasil só supera a África do Sul e a Argentina em crescimento econômico de 1975 a 2005. O PIB per capita nacional cresceu 35,6% nesses 30 anos, abaixo do da China, com 896%, Índia, 174,3%, Finlândia, 88,5%, EUA, 88,2%, Espanha, 85,3%, Alemanha, 79,8% e, finalmente, o México, que cresceu 49%. Apesar do fraco crescimento, o Brasil triplicou o consumo de energia elétrica. A China cresceu quase 10 vezes e aumentou o consumo de energia oito vezes. A Finlândia, com PIB quase dobrado, passou a consumir três vezes mais energia. No item investimento na formação de capital fixo entre 1995 e 2004, a Rússia também entrou no grupo em análise, e o Brasil caiu para a nona posição, superando novamente a Argentina e a África do Sul, tão-somente. Esses números fazem parte do Comunicado da Presidência nº 15, Desenvolvimento e Experiências Internacionais Comparadas, apresentado pelo pesquisador Milko Matijascic, que coordenou o estudo.