Até dezembro, a Petrobras deverá concluir a revisão de seu planejamento estratégico para o período 2009-2013. Conforme o gerente do Ativo de Produção Sul da Unidade de Negócio da Bacia de Santos da Petrobras, Luiz Carlos Cronemberger Mendes, após a análise, a companhia sinalizará para o mercado em que velocidade implantará seus projetos na área da camada pré-sal e outras ações.
Um dos principais pontos que será considerado pela Petrobras é a turbulência enfrentada atualmente pela economia mundial. A empresa tem afirmado que a crise financeira internacional não prejudicará as atividades de exploração e produção do pré-sal, uma vez que o grande volume de investimentos nacionais está previsto para os próximos anos.
Mendes esclarece que a área do pré-sal se estende desde o Espírito Santo até o litoral de Santa Catarina, totalizando mais de 800 quilômetros de extensão. Apesar da expectativa de serem descobertas enormes reservas de petróleo nesta região, a exploração do insumo é uma tarefa difícil por se encontrar no mar, à grande profundidade.
Para o período de 2008 a 2012, o plano de negócios da Petrobras prevê investimentos de US$ 112,4 bilhões. No entanto, para desenvolver os projetos dos megacampos na área do pré-sal, na Bacia de Santos, a companhia poderá investir mais que o dobro do que o previsto. Em dois campos - Tupi e Iara - as perspectivas das reservas de óleo recuperável variam entre 7 bilhões e 12 bilhões de barris de petróleo. As reservas atuais do País totalizam pouco mais de 14 bilhões de barris de óleo equivalente.
O gerente do Ativo de Produção Sul da Unidade de Negócio da Bacia de Santos da Petrobras palestrou ontem, na Sociedade de Engenharia do Rio Grande do Sul (Sergs), sobre o tema Perspectivas de Produção de Petróleo no Brasil.