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16/10/2008 - Juros desaceleram o crescimento do comércio
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A alta dos juros está desacelerando o crescimento das vendas no varejo que, em agosto, subiram 1,1% em relação a julho e 9,8% em relação ao mesmo mês do ano passado. Das 10 atividades pesquisadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), sete desaceleraram o ritmo de alta em comparação a julho e oito mostraram perda de ritmo em relação a igual mês do ano passado. Apesar da desaceleração, um economista de um banco alemão acredita que o ritmo é ainda alto e criará polêmica na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) nos dias 28 e 29 de outubro. Desde abril, o Comitê iniciou ciclo de aperto monetário que fez os juros básicos da economia subirem de 12,72% para 13,75%. Mas o acirramento da crise financeira, com a redução drástica do crédito e crise de confiança no sistema bancário, pode levar o Copom a manter os juros inalterados apesar da atividade.
Segundo o técnico da coordenação de comércio e serviços do IBGE, Nilo Lopes, ainda que tenha mantido o ritmo de expansão das vendas em nível elevado em agosto, o varejo mostrou desaceleração dos resultados na maior parte das atividades pesquisadas. O motivo, segundo ele, é uma cautela maior das empresas em conceder financiamento aos consumidores, já na iminência da crise, que se agravou em setembro.
"Houve uma certa precaução que se refletiu no aumento dos juros para pessoa física e em maior seletividade para concessão de crédito", disse Lopes. "Com alguma restrição na concessão de crédito, as atividades mais vinculadas ao crédito, como material de construção, eletrodomésticos e automóveis, sofrem impactos imediatos."
As vendas de móveis e eletrodomésticos aumentaram 1% em agosto em relação a julho e 13,1% ante igual mês do ano passado. Em julho, os resultados para essa atividade haviam sido, respectivamente, de 1,3% e 19,7%. No caso de material de construção, a variação nas vendas passou de 1,1% em agosto para -1,6% em setembro e, em relação a igual mês do ano passado, de 19,3% para 2,4%. As vendas de automóveis, por sua vez, passaram de uma variação de 0,6% em julho para -3,7% em setembro e, ante o ano passado, de 24,8% para 2,9%.
Segundo o técnico do IBGE, além do aperto no crédito, esses segmentos foram afetados também por uma acomodação em resultados muito fortes apurados em meses anteriores. Usando dados do Banco Central, Lopes justifica a avaliação do impacto dos juros ao consumidor nas vendas no varejo: a taxa de juros anual para aquisição de bens, exceto veículos, passou de 56,69% em junho para 57,89% em julho e 59,15% em agosto. No caso de veículos, os juros anuais subiram de 31,09% em junho para 33,34% em agosto.
Segundo Lopes, as vendas de hiper e supermercados reagiram em agosto e garantiram bons resultados para o comércio varejista no mês. Do crescimento total de 9,8% nas vendas do varejo em agosto ante igual mês do ano anterior, 3,8 ponto, ou 38,5% do total, vieram do grupo de hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, que responde por cerca de 40% da pesquisa e cujas vendas aumentaram 7,8% em agosto ante igual mês de 2007.
Segundo Lopes, a disparada do dólar que ocorreu nas últimas semanas e colocou o câmbio em novo patamar afetará, a partir de setembro, sobretudo os resultados das atividades varejistas que vêm sendo beneficiadas pela enxurrada de importações ou redução nos preços de matérias-primas, como equipamentos de informática.
Além disso, os segmentos vinculados ao crédito, como automóveis e os eletrodomésticos, também devem ser prejudicados. "Os segmentos mais atrelados à renda não devem ser atingidos pela crise se a massa salarial prosseguir em crescimento", disse Lopes. Ele acrescentou que "não há dúvida de que haverá efeito da crise sobre o comércio" e que "a partir dos dados de setembro, ele virá".





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