O governo do Estado vem conseguindo reduções significativas de preços na aquisição de materiais, graças à opção pelo pregão eletrônico. A compra de uma série de computadores por R$ 1,9 mil cada - quase metade dos R$ 3,6 mil pagos pelos mesmos modelos no ano passado - é apenas um exemplo. Também através do sistema, o valor pago pela unidade de vacinas contra aftosa caiu de R$ 1,10 para R$ 0,56, o que gerou uma economia de R$ 2,3 milhões aos cofres públicos.
A redução de gastos foi possível graças à difusão do pregão eletrônico. A ferramenta possibilita o aumento da concorrência e a redução de preços de produtos e de serviços contratados pelo governo. "O pregão eletrônico está alinhado ao programa de racionalização de despesas do Estado, e pretendemos ampliar ainda mais sua utilização nas compras públicas", explica José Alfredo Pezzi Parode, diretor do Tesouro Estadual.
Há cerca de dois anos, metade das compras do Estado era feita através dos pregões eletrônicos. Hoje, este número chega a 80%. Além da redução dos preços, a ferramenta estimula as empresas a apresentarem propostas: caiu de 40% para apenas 7% a quantidade de leilões desertos - aqueles onde não há fornecedores participantes - no governo do Estado.
O pregão eletrônico oferece uma série de vantagens para quem compra e vende, em relação ao método presencial. Um dos principais avanços é a transparência no processo de licitação. Como os representantes das empresas não conhecem os concorrentes, a possibilidade de haver combinações de preços é praticamente zero.
"As possibilidades de fraudes caem muito, o que se traduz em economia para quem contrata", comenta Carla Poeta Possap, diretora-superintendente da Central de Compras do Estado (Celic), órgão vinculado à Secretaria de Administração e dos Recursos Humanos. O universo virtual também possibilita a participação de fornecedores de outras localidades, que podem participar da concorrência de qualquer lugar onde haja conexão à internet.
Isto amplia o número de concorrentes e amplia a oferta de preços. "Não sendo necessária a presença física dos candidatos, participantes de outros estados podem apresentar suas propostas", comenta Cleber Demetrio Oliveira da Silva, sócio-diretor da RZO Consultoria e Gestão, que promove treinamento no setor de pregões.
A participação destes é facilitada pela dinâmica do cadastramento dos fornecedores: podem se registrar através do site dos gerenciadores dos pregões. Cada um recebe um login e acessa o site no momento da compra. Os candidatos acompanham o andamento das negociações, sendo informados se o seu preço é o mais baixo ou não. "O pregão eletrônico também possibilita que os fornecedores promovam novas ofertas, em tempo real."
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