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23/09/2008 - Argentina recebe proposta para reabrir reestruturação da dívida nacional
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Há três anos, o país fez uma reestruturação milionária de sua dívida com credores privados

A presidente da Argentina, Cristina Fernández de Kirchner, anunciou nesta segunda-feira que recebeu uma "interessante" oferta de três grandes bancos representantes de detentores de bônus de dívida do país para reabrir a reestruturação de títulos realizada há três anos.

— Anuncio que recebemos a proposta de três importantíssimos bancos internacionais sobre a situação dos titulares de bônus que não entraram na troca de 2005 — disse Cristina durante um discurso perante o Council on Foreign Relations, uma instituição privada em Nova York.

Há três anos, a Argentina fez uma reestruturação milionária de sua dívida com credores privados em moratória desde 2001, a qual não foi aceita por 24% dos detentores de bônus, com títulos por US$ 20 bilhões, que ficaram de fora da troca, que, no total, superou os US$ 81,8 bilhões.

A presidente argentina, que disse estar "otimista e entusiasmada", explicou que esses três bancos, os quais não identificou, fizeram uma proposta muito mais favorável para a Argentina que as condições da troca estabelecidas em 2005. Ela ressaltou que esta proposta inclui um refinanciamento de empréstimos que ajudará a financiar a dívida pública que expira em 2009 e 2010.

Esses empréstimos garantidos são realizados através de títulos colocados em 2001 nas carteiras de bancos e administradoras de fundos de aposentadoria e pensão, por um total de US$ 13,4 bilhões, dos quais US$ 3,1 bilhões vencem em 2009.

Cristina assegurou que estudará a oferta e, se a considerar aceitável, essa será enviada ao Parlamento, para tentar, em última instância, "normalizar a relação da Argentina com o mundo", o que influiria "definitivamente no bem-estar" do país. A troca da dívida colocaria fim a uma dura etapa para a Argentina, após um processo de recuperação iniciado em 2003, segundo a presidente.

Ela lembrou que, quando o ex-presidente Néstor Kirchner, seu marido, chegou ao poder, tinha um percentual de votos (22%) inferior ao desemprego existente então e com um endividamento próximo a 160% do Produto Interno Bruto (PIB) do país.

Desde 2003, "começou uma tarefa de desendividamento, porque sabíamos que era uma questão importante para se aproximar da credibilidade e da confiança ao resto do mundo. Isto vimos também há pouco quando anunciamos o pagamento ao Clube de Paris", acrescentou.

Durante sua visita a Nova York, a presidente argentina buscará acertar com líderes europeus que integram o Clube de Paris os detalhes para cancelar a milionária dívida que o país tem com esse fórum, integrado por 19 nações desenvolvidas.

Em seu discurso, acrescentou que, cinco anos e meio depois, a Argentina segue crescendo, de tal forma como em 2007 o PIB cresceu ao maior ritmo dos últimos 100 anos.

— Se este ano a previsão se cumprir, estaríamos no círculo mais virtuoso de nossa história — afirmou.

Em sua opinião, a troca dessa dívida representaria o "fechamento definitivo" de uma dura etapa para a Argentina, que começou em 2001, um ano que também é uma "data emblemática" para os Estados Unidos e para o resto do mundo. A presidente argentina fez uma análise do que mudou no país desde então, assim como no resto do mundo, e destacou como um elemento chave a decisão unilateral dos Estados Unidos de invadir o Afeganistão.





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