Indagado por repórteres, presidente respondeu: "Vai perguntar para o Bush"
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva demonstrou tranqüilidade nesta terça ao ser questionado sobre a crise na economia dos Estados Unidos. Após receber o primeiro-ministro da Noruega, Jens Stoltenberg, ele foi indagado por repórteres sobre o assunto, no Salão Nobre do Palácio do Planalto, e minimizou sorrindo:
— Vai perguntar para o Bush.
Diante da insistência de repórteres que perguntaram se havia reflexos da crise sobre a economia brasileira, ele respondeu: "até agora, não". Neste momento, Lula e Stoltenberg estão reunidos, em encontro fechado, no Palácio do Planalto. Em seguida, será oferecido um almoço no Itamaraty para o primeiro-ministro norueguês.
Após registrar queda superior a 4%, logo após a abertura dos negócios nesta terça, o Índice da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) devolveu parte das perdas e operava em queda mais modesta, inferior a 2%, em torno das 12h. A melhora pode estar relacionada à recuperação nos mercados em Nova York, que também apresentam perdas menores que as apresentadas após a abertura dos negócios em Wall Street nesta terça.
Nesta segunda, as Bolsas brasileira e americana registraram a maior queda percentual desde 11 de setembro de 2001, data do ataque terrorista às torres gêmeas do World Trade Center, em Nova York.
Entenda a quebra do Lehman Brothers
O Capítulo 11 da lei de falências norte-americana, à qual o banco Lehman Brothers recorreu nesta segunda-feira, permite a uma empresa com dificuldades financeiras continuar funcionando normalmente, dando-lhe um tempo para chegar a um acordo com seus credores.
A proteção do Capítulo 11 pode ser requerida tanto pela empresa em dificuldades, quanto por um de seus credores. Esse procedimento significa uma vontade de reestruturação da companhia, sob o controle de um tribunal.
Nos Estados Unidos, chama-se "bankruptcy", o que seria "falência"na tradução pelo dicionário. Mas equivale à concordata, no Brasil.
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