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11/09/2008 - Copom mantém firmeza e juro vai a 13,75%
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O Comitê de Política Monetária (Copom) confirmou ontem as expectativas dos analistas de mercado e acelerou o ritmo de elevação dos juros ao aumentar a taxa básica em 0,75 ponto percentual, para 13,75% ao ano, sem viés. A decisão não foi unânime - dos oitos votos, cinco foram favoráveis ao percentual e três defenderam a aplicação de meio ponto percentual -, mas mesmo assim, demonstra a certeza do Banco Central de que essa é a melhor ferramenta para controlar a inflação e mantê-la dentro do teto da meta, em 6,5% no ano. A próxima reunião está marcada para 28 e 29 de outubro.
Economistas do mercado financeiro afirmam que o recuo do aumento dos preços, principalmente dos alimentos nas últimas semanas é circunstancial e não pode ser interpretado como uma tendência para os próximos meses. "A mensagem da inflação para o Banco Central é de que ainda é preciso ter cuidado. Daqui para frente, vamos começar a ver os impactos da política monetária", analisa o economista do banco Real Cristiano Souza. O primeiro aumento da Selic foi realizado pelo Copom em 17 de abril, após quase um ano estabilizada em 11,25%, e são necessários pelo menos seis meses para que o início dos reflexos na economia real.
Para o economista do Real, o cenário do País não se alterou significativamente desde a reunião anterior do Copom, em julho, e por isso os integrantes do grupo tiveram que repetir a correção de 0,75 ponto percentual na taxa. Souza sinaliza que a partir de outubro devem surgir os primeiros impactos no crédito, o primeiro segmento a sentir os efeitos da elevação dos juros, e após irá se estender pela redução da demanda, queda produção e esfriamento da economia.
O economista-chefe do Banco Geração Futuro de Investimentos, Gustav Gorski, acrescenta que ainda há elementos importantes no orçamento da população pressionando os índices de preços. "O IGP-M está elevado e esse é o referencial para o reajuste de aluguéis e alguns contratos de contas de luz e telefone", exemplifica. Para o analista, o Copom está mirando no desempenho da inflação em 2009 e por isso é necessário manter as medidas de aperto econômico com o aumento dos juros. A previsão de Gorski é de que a Selic feche o ano em 14,25%, sem considerar nesta análise os números do Produto Interno Bruto (PIB) divulgados ontem e que registraram um crescimento de 6,1% no segundo trimestre. Para Souza, do Real, a taxa deve encerrar 2008 em 14,75%.
O anúncio do PIB no meio da reunião deve ter influenciado o posicionamento dos diretores do Banco Central, mesmo que os dados façam referência até junho e já existam informações conjunturais mais recentes sobre setores da economia e períodos. "O crescimento do PIB é positivo, mas há dados nele que chamam a atenção, como o elevado aumento de estoques", destaca Gorski. O economista do Geração Futuro diz que olhar apenas o incremento de 35% no volume de estoques não revela os motivos que o determinaram. "Não sabemos se está produzindo mais do que a demanda ou se está preparado para atender à demanda mais adequadamente", questiona. O aumento de oito pontos percentuais na demanda interna demonstra que a economia do País ainda está aquecida.


Alta pode comprometer desempenho das empresas
O aumento da taxa básica de juros mais uma vez não foi bem recebida pelas entidades empresariais e de trabalhadores. Para o presidente da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs), Paulo Tigre, o Banco Central ainda teria outras alternativas, como a elevação do compulsório, para conter a expansão excessiva do crédito.
O industrial defendeu também o aperto nas contas do governo. "A baixa inflação é uma conquista da sociedade brasileira. Porém, devemos lembrar que além da taxa de juros, a redução dos gastos também é um instrumento efetivo, e com menor custo, que poderia estar sendo usado pelo governo para evitar mais pressão inflacionária", afirmou.
A Federação das Indústrias paulista (Fiesp) avaliou como contraditória a elevação dos juros no mesmo dia em que o IBGE aponta a elevação ainda tímida do PIB. Em comunicado, a entidade afirmou que o BC persiste no erro e compromete o futuro do País. "De nada adianta falarmos de políticas de desenvolvimento, de resgate da dívida social se, cada vez mais, pelo ralo da dívida interna escoa a fatura perversa de crescentes aumentos de juros. E o pior, sem a menor necessidade", disse o presidente Paulo Skaf.
O presidente da Federação do Comércio de Bens e de Serviços do Estado (Fecomércio), Flávio Sabbadini, destacou que a medida pode causar problemas a empresas que investiram acreditando na expansão da renda. Para a Central Única dos Trabalhadores (CUT), o controle da inflação não pode prescindir da manutenção do crescimento.
O diretor da Daycoval Asset Management, Roberto Kropp, acredita que a alta poderá ter algum impacto positivo nas expectativas sobre as taxas futuras de juros, apesar de afetar negativamente a economia. Para a reunião de outubro ele aposta em uma alta de 0,50 ponto.






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