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12/08/2008 - Agência Internacional de Energia reduz previsão de crescimento da demanda global
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Aperto entre oferta e demanda de petróleo afrouxou

A Agência Internacional de Energia (AIE) afirmou hoje que o equilíbrio apertado entre demanda e oferta que impulsionou os preços do petróleo para níveis recorde este ano está afrouxando, mas alertou que o consumo saudável na China e fatores geopolíticos ainda ameaçam apertar as condições do mercado da matéria-prima (commodity) nos próximos meses.

A agência reduziu a previsão de crescimento da demanda global em 100 mil barris por dia, para 790 mil barris por dia, mas vê aumento do consumo na China em 5,6% em 2008 e 5,7% em 2009.

Com Estados Unidos e Europa reduzindo o consumo e a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e outros produtores produzindo mais petróleo, os preços da commodity caíram mais de 20% desde o recorde de US$ 147 por barril em julho, afirmou a AIE em seu relatório de agosto sobre o mercado.

"Em termos de fundamentos de petróleo, o aperto da oferta de petróleo e produtos afrouxou", comentou a AIE. Porém, o analista de oferta da AIE, David Fyfe, afirmou que permanece a incerteza em relação ao abastecimento:

— Os eventos na última semana na Geórgia e na Turquia apenas confirmam isso — considerou.

China

A China é o segundo maior consumidor mundial de petróleo, depois dos EUA, mas usa apenas cerca de um terço da quantidade de petróleo americano, onde o consumo deve cair 3,1% este ano e 2% em 2009. O consumo global deve ficar, em média, em 86,9 milhões de barris por dia, 0,9% acima de 2007.

A agência alertou que os Jogos Olímpicos de Pequim, cortes de energia e possíveis mudanças de política representam um risco considerável para a projeção de aumento do consumo na China, mas acredita que a demanda poderá se recuperar depois das Olimpíadas. Durante a competição, o governo chinês fechou centenas de fábricas e tirou mais de 1 milhão de veículos das ruas de Pequim para reduzir a poluição.

As importações de produtos de petróleo da China aumentaram nos últimos meses, mas a falta de dados dificulta mensurar se esses volumes vinham sendo estocados antes dos Jogos ou compensavam uma perda de produção de pequenas refinarias. As importações também podem ter sido sustentadas pelo crescimento econômico.

Além disso, cortes de energia se propagaram pela China devido à oferta apertada de carvão, fechamento de pequenas geradoras e limites nos preços de eletricidade. Há ainda a possibilidade de Pequim não estender a restituição do imposto sobre valor agregado pago mensalmente nas importações de petróleo e gasolina para todo o terceiro trimestre, ou elevar os preços do usuário final assim que as Olimpíadas acabarem. As informações são da Dow Jones.






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