Diretor admitiu que pode haver a eliminação de quase 19 mil postos de trabalho nas fábricas de produção americanas
A fabricante de automóveis General Motors (GM) reconheceu nesta sexta-feira que os US$ 15,5 bilhões que perdeu durante o segundo trimestre e a drástica queda das vendas nos Estados Unidos podem obrigar a companhia a eliminar mais postos de trabalho na América do Norte.
O diretor financeiro da GM, Ray Young, admitiu que a eliminação de quase 19 mil postos de trabalho nas fábricas de produção americanas da empresa pode não ser suficiente perante a incessante queda das vendas da principal companhia de automóveis americana.
A GM disse que sua fatia de mercado nos Estados Unidos e Canadá se reduziu, passando de 22,7% no segundo trimestre de 2007 a 20,2% no mesmo período deste ano. A queda das vendas do setor de automóvel nos EUA e a perda da fatia da GM em seu mercado doméstico se traduziram em uma redução da receita no segundo trimestre de 2007 de US$ 29,7 bilhões para US$ 19,8 bilhões neste ano.
As perdas aumentaram de US$ 88 milhões no segundo trimestre de 2007 para US$ 9,3 bilhões no mesmo período deste ano. A GM disse que "a queda foi principalmente atribuível à grande fraqueza do mercado americano e à perda de produção devido às interrupções na American Axle e em várias instalações da GM durante maio e junho".
A fabricante explicou que dos US$ 15,5 bilhões de perdas, US$ 3,3 bilhões corresponderam aos custos das baixas incentivadas de 19 mil trabalhadores na América do Norte, US$ 2,8 milhões à provisão de reservas de Delphi e US$ 1,1 bilhão à reestruturação e redução da produção na América do Norte.
Outros US$ 1,3 bilhão correspondem às perdas da GMAC, a financeira da qual a GM possui 49%. Além disso, US$ 197 milhões de perdas estão relacionados com o acordo para finalizar a greve da fabricante de autopeças American Axle.
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