O Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), em parceria com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), informou nesta sexta-feira que o segmento de micro e pequenas empresas foi responsável pela abertura de 43% dos 5,3 milhões de postos de trabalho com carteira assinada gerados no país entre 2002 e 2006.
Ao divulgarem um estudo chamado Anuário do Trabalho na Micro e Pequena Empresa, que está em sua segunda edição, as instituições destacaram que foram identificados pouco mais de 6 milhões de estabelecimentos, entre micro, pequenos, médios e grandes empregadores. Desse total, 2,2 milhões declaram ter empregados e outros 3,8 milhões de estabelecimentos afirmam não ter empregados.
De acordo com o presidente do Sebrae, Paulo Okamotto, esse universo de 3,8 milhões de declarantes de não ter empregados chama a atenção e será estudado melhor pelo Sebrae.
— Temos uma estimativa de que mais ou menos 1 milhão desses empreendimentos possam ter empregados não declarados, e é preciso colocar mais luz sobre isso — afirmou Okamotto, destacando que esse tipo de estudo permite a elaboração de políticas públicas que possam solucionar os entraves que ainda existem para a contratação formal de trabalhadores.
Do universo de empresas que declararam ter empregados, principalmente as pequenas, o estudo revela que aumentou um pouco a formalização (carteira assinada), e também melhorou o rendimento médio dos empregados. O comércio foi a atividade econômica de maior destaque em geração de empregos com carteira assinada pelos micro e pequenos empresários.
A pesquisa também mostrou um aumento na contratação de jovens e mulheres pelas micro e pequenas empresas. A principal fonte de dados do Sebrae foi a Relação Anual de Informações Sociais (Rais), elaborada anualmente pelo Ministério do Trabalho.
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