A GM está trabalhando na renovação da linha de produtos da fábrica de Gravataí, anunciou ontem o presidente da empresa no País, Jaime Ardila. O executivo colombiano não revelou detalhes do projeto, nem mesmo em quanto tempo as novidades serão apresentadas. Segundo Ardila, a unidade gaúcha está trabalhando full time em dois turnos e a companhia pode optar por abrir um terceiro período caso o consumo exija aumento da produção. "O mercado de Prisma e Celta é de muito crescimento porque a classe C está em condições de financiar a aquisição do primeiro carro, no qual esses modelos se enquadram", avaliou.
De acordo com a análise do presidente da GM, a venda de automóveis no Brasil deve registrar uma desaceleração em seu ritmo no segundo semestre, fechando em 10% no período ante o índice de 30% registrado nos primeiros seis meses do ano. Para 2009, a perspectiva de Ardila é de que o mercado brasileiro de veículos avance 5%. "Esse é um crescimento mais sustentável. A desaceleração se dá porque os juros estão mais altos e essa medida é necessária em médio e longo prazo", disse.
A GM deve crescer em uma velocidade um pouco superior à média nacional, recuperando a participação no mercado, que foi reduzida no ano passado em função de gargalos na produção que foram sanados com a abertura de novos turnos em São Caetano e São José dos Campos. Em 2007, a montadora comercializou 500 mil unidades e deve fechar este ano com 650 mil automóveis vendidos. A produção gaúcha deve saltar de 129 mil para 225 mil carros neste período, com 80% da produção concentrada no modelo Celta.
Jaime Ardila participou na Capital da doação do Prisma que marcou a produção do automóvel 1 milhão da unidade de Gravataí, em maio, à Fundação Pão dos Pobres. A entidade beneficente pretende transformar o presente, que possui valor de mercado de aproximadamente R$ 40 mil, em R$ 1 milhão. Para alcançar esse objetivo, o diretor-geral do educandário, irmão Valério Menegat, anunciou a promoção de sorteio com mil cupons que serão vendidos por R$ 1 mil cada. Segundo o presidente do conselho do Pão dos Pobres, Paulo Vellinho, a instituição é mantida pela doação de pessoas físicas e empresas e tem uma despesa média mensal de R$ 400 mil para atender a 600 crianças e adolescentes - 200 são internos - com foco em profissionalização.