A dívida pública mobiliária federal total cresceu 1,43% em maio, batendo R$ 1,337 trilhão. Em maio, a dívida pública externa foi de R$ 97,58 bilhões e a dívida pública mobiliária federal interna (DPMFi) foi de R$ 1,239 trilhão, em alta de 1,71%. A participação dos títulos pré-fixados no total da dívida subiu de 34% em abril para 34,30% em maio, enquanto a parcela atrelada a índices de preços recuou de 27,63% para 27,37%.
A fatia indexada à taxa Selic subiu de 35,34% para 35,42%, enquanto a participação dos papéis cambiais recuou de 0,90% para 0,86%. Os títulos atrelados à Taxa Referencial (TR) recuaram de 2,14% para 2,05% do total da dívida. Considerando as operações de swap cambial, a posição credora do governo em câmbio caiu para valor equivalente a 2,07% da dívida, ante 2,17%. Já a parcela atrelada à Selic, considerando as operações de swap recuou de 38,41% para 38,35%.
O aumento do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) e do Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M), em maio, elevou o custo médio da dívida pública mobiliária federal interna. De acordo com o Tesouro Nacional, o custo médio da dívida subiu de 12,53% ao ano, em abril, para 14,20% ao ano, em maio. Esse aumento refletiu a alta de 0,79%, em maio, do IPCA e de 1,61% do IGP-M. No acumulado em 12 meses, o custo médio da DPMFi aumentou de 12,64% ao ano, em abril, para 12,72% ao ano, em maio.
A apropriação de juros da Dívida Pública Mobiliária Federal Interna foi de R$ 12,393 bilhões em maio. Além disso, o Tesouro fez uma emissão líquida de R$ 8,501 bilhões no mês passado, o que fez a dívida subir R$ 20,9 bilhões em maio em comparação a abril. De acordo com o Tesouro Nacional, a parcela da dívida a vencer em 12 meses subiu de 27,01% em abril para 28,30% em maio. A parcela a vencer de um a dois anos caiu de 25,26% para 23,28%. A dívida com vencimento de dois a três anos, por sua vez, subiu de 13,63% para 15,86%. De três a quatro anos, a participação recuou de 10,69% para 8,66%. De quatro a cinco anos, teve ligeira alta, passando de 5,05% para 5,91%, e acima de cinco anos, teve leve recuo de 18,36% para 17,99%. O prazo médio da dívida mobiliária interna, por sua vez, recuou de 39,26 meses para 38,84 meses. O prazo médio das emissões da dívida interna recuou de 51,16 meses em abril para 49,24 meses em maio.
O coordenador de Operações da Dívida Pública do Tesouro Nacional, Guilherme Pedras, defendeu a gestão da dívida. Segundo ele, o governo reduziu a oferta de títulos prefixados devido ao custo mais elevado desses papéis cobrado pelos investidores. "O custo de prefixados aumentou. O ritmo da emissão de prefixados diminuiu por conta do custo", afirmou Pedras. Ele destacou que o Tesouro não aumentou a oferta de LFTs para compensar esse movimento dos prefixados, mantendo o volume de oferta de LFTs em torno de 1,5 milhão de títulos. Em vez disso, explicou o técnico, o Tesouro fez resgates líquidos de prefixados, reduzindo seu colchão de recursos guardados para momentos de turbulência.
O coordenador destacou que, para uma melhor avaliação do quadro da dívida pública ao longo do ano, é preciso ter os dados de junho. Isso porque até maio houve dois grandes vencimentos de prefixados. Ele previu que, na próxima divulgação, prevista para o final do mês, a parcela de títulos prefixados vai aumentar.
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