A competitividade exige um processo freqüente de avaliação de mercado, elaboração de projetos, aplicação e verificação dos resultados. O mercado está em constante mudança, e as empresas precisam estar atentas aos seus processos e também aos dos concorrentes para reverem seus projetos e ajustarem sua visão de futuro.
A competitividade exige um processo freqüente de avaliação de mercado, elaboração de projetos, aplicação e verificação dos resultados. O mercado está em constante mudança, e as empresas precisam estar atentas aos seus processos e também aos dos concorrentes para reverem seus projetos e ajustarem sua visão de futuro. A análise é de Gregory Watson, presidente da Business Systems Solutions International e futuro presidente da International Academy for Quality. "Insanidade é fazer o mesmo de sempre esperando mudanças", comentou Watson, que foi um dos palestrantes do primeiro dia do 9o Congresso Internacional da Qualidade para Competitividade, organizado pelo Programa Gaúcho da Qualidade e Produtividade (PGQP), aberto ontem na Fiergs, em Porto Alegre.
O especialista citou o caso da Nokia, que, em 1995, iniciou um cirúrgico processo de mudanças, no qual abriu mão de setores pouco rentáveis, como o de papel e celulose, e focou em uma área de futuro: os telefones móveis - estratégia que a colocaria em uma posição de vanguarda em alta tecnologia.
Dentro deste contexto, o combate ao desperdício e a melhoria nas condições de trabalho ajudam a trazer bons números ao balanço e também a uma situação de sustentabilidade, diante de um melhor uso de recursos naturais. "O desenvolvimento sustentável ocorre quando não há desperdícios", explica Watson.
Por isso, a sustentabilidade se torna crucial não apenas para salvar o planeta, mas também para os negócios das companhias. Ao mostrar seu comprometimento com a produção sustentável nos aspectos sociais, econômicos e ambientais, a empresa sinaliza que está fazendo sua parte para melhorar a vida de todos. "Assim como o conceito de qualidade se tornou uma commodity nas empresas, os de sustentabilidade seguem pelo mesmo lado", constata Joal Teitelbaum, presidente do Conselho Superior do PGQP. Ele explica que os consumidores já têm consciência de quais empresas são sustentáveis e levam isso em conta no momento de suas compras, o que também mostra uma reciprocidade na preocupação com o meio ambiente. Afinal, como lembra Teitelbaum, o nível de consumo e desperdício que se verifica hoje exigiria que o planeta produzisse quase dez vezes mais para ser sustentável.
Durante a cerimônia de abertura do evento, Jorge Gerdau Johannpeter, presidente do Conselho Superior do PGQP, lembrou que o objetivo da boa gestão, nas esferas pública, privada e do terceiro setor, é sempre a melhoria da qualidade de vida de todos. Relatou a atuação do PGQP na prefeitura de São Paulo, onde alcançou um resultado de R$ 1,3 bilhão. "Os governos aprenderam a gastar mais, mas precisamos ensinar como gastar melhor", defendeu.
Na prefeitura de Porto Alegre, a qualidade na gestão ajudou a melhorar as finanças, revertendo três anos de déficit por três anos seguidos de superávit. Trabalho semelhante ocorre no governo do Estado do Rio Grande do Sul, onde o resultado foi de R$ 910 milhões. "Esse é um trabalho corajoso que está sendo realizado para melhorar o Estado, com o apoio de todos os secretários e servidores", comentou a governadora Yeda Crusius.
O Congresso Internacional da Qualidade para Competitividade ocorre até amanhã e terá seu ponto alto na noite de hoje, quando ocorrerá a entrega da 13a edição do Prêmio Qualidade RS.
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