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01/07/2008 - Reforço no estoque é estratégia para conter preços
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Governo aposta na elevação da produção para enfrentar agravamento da inflação mundial
Quadruplicar os estoques oficiais de grãos está na estratégia do governo para conter a alta do preço dos alimentos no mercado interno. A decisão de reservas dos atuais 1,5 milhão de toneladas para 6 milhões de toneladas em 2009, integra o Plano de Safra Agrícola e Pecuário 2008/2009, que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva anuncia amanhã, em Curitiba.

Também o limite de crédito ao agricultor, principalmente aos que cultivam grão que impactam na cesta básica - arroz, feijão, milho e trigo - , deverá ser elevado. O reajuste dos tetos do crédito rural será uma maneira de recompor a capacidade produtiva das fazendas, atingida pela alta do custo de matérias-primas como os fertilizantes.

Entenda o que é inflação em gráfico animado

Com pouca esperança de que o governo federal libere mais do que os R$ 78 bilhões previstos na semana passada pelo ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, entidades representativas do campo defendem uma complementação no decorrer da safra. O volume é R$ 8 bilhões acima do oferecido para o ano agrícola 2007/2008.

O governo aposta na elevação da produção de alimentos para atravessar o atual período de agravamento da inflação mundial. O estoque total será o maior desde 2006, quando os armazéns públicos reuniam cerca de 4 milhões de toneladas de grãos.

A maior parte do novo estoque - 4,1 milhões de toneladas - será de milho. O produto é considerado como estratégico, pois é matéria-prima da avicultura, suinocultura e da pecuária de corte e leite.

A medida demandará R$ 3,8 bilhões em recursos do governo. Para garantir a compra e a recomposição dos estoques, o governo fará leilões neste ano, antes do período de plantio da safra, em setembro.

Conab tem 1,4 milhão de toneladas de arroz

Nesses leilões, sinalizará aos agricultores o preço de venda de determinados produtos. Assim, o produtor terá mais segurança em relação aos preços. Normalmente, as cotações caem nos períodos de colheita. Além de recompor estoques, a medida visa garantir a comercialização da safra a preços compatíveis com os custos de produção.

A falta de estoques públicos de grãos impediu que o governo interferisse de forma mais efetiva no mercado para frear a escala dos preços dos alimentos este ano. A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) tem em seus armazéns apenas 1,4 milhão de toneladas de arroz, cereal que está sendo vendido em leilões.

No total, a agricultura empresarial vai contar com R$ 65 bilhões em recursos na safra 2008/09, R$ 7 bilhões a mais que o previsto no plano anterior. Outros R$ 13 bilhões serão destinados à agricultura familiar.

O apoio da União
O que deverá ser anunciado
Agricultura comercial: R$ 65 bilhões
Agricultura familiar: R$ 13 bilhões

Os atuais limites (por produtor)
- Culturas irrigadas - arroz, feijão, milho, trigo, sorgo e mandioca: R$ 450 mil
- Culturas não irrigadas - arroz, feijão, milho, trigo, sorgo e mandioca: R$ 300 mil
- Soja (irrigada ou não) - R$ 300 mil






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