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27/06/2008 - Desemprego cai e inflação ameaça a renda
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O aumento no ritmo das contratações na região metropolitana de São Paulo contribuiu para a queda da taxa de desemprego apurara pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nas seis principais regiões metropolitanas do País, que passou de 8,5% em abril para 7,9% em maio. Este é o menor nível para meses de maio desde 2002 e o segundo menor nível mensal desde dezembro de 2007.
De abril para maio, o nível de desemprego em São Paulo caiu de 9,4% para 8,6%, quando foram criadas 113 mil vagas. Em maio de 2007, o nível de desemprego na região era de 11,2%. "Tudo o que ocorre nas seis regiões pesquisadas primeiro acontece em São Paulo, então essa primeira arrancada no mercado de trabalho paulista é extremamente favorável", afirmou o gerente da pesquisa do IBGE, Cimar Azeredo.
O número de ocupados nas seis regiões aumentou 0,4% em maio ante abril, com aumento de 89 mil vagas no período. Na comparação com maio de 2007, houve expansão de 4,6%, ou mais 954 mil vagas em um ano. Desse total, 823 mil vagas eram formais. O número de desocupados (sem trabalho e procurando emprego) registrou queda tanto em comparação com o mês anterior (-7,5%) quanto no confronto com igual mês do ano passado (-20,4%). O nível de formalidade continua batendo recordes na série histórica iniciada em março de 2002. O percentual de empregados com carteira no total de ocupados foi de 44,2% em maio e, há seis anos, não ultrapassava 40,2%.
Apesar da aceleração no ritmo de crescimento do emprego, a inflação comeu 1% da renda média do trabalhador no País em maio em relação a abril, e 1,1% na região metropolitana de São Paulo. Em comparação com maio do ano passado, houve crescimento de 1,5% na renda média nas seis regiões do País. Mas na região metropolitana de São Paulo, no mesmo período, houve queda de 0,1% na renda média, que em maio de 2008 ficou em R$ 1.331,30 na região. Já o rendimento médio nas seis regiões no mês passado foi de R$ 1.208,20. Segundo Azeredo, inflação e juros sãos os principais riscos para a manutenção do ritmo de crescimento do emprego. "Juros e inflação podem comprometer um pouco esse processo, mas, exceto na renda, os efeitos demoram", afirmou.
Sobre a queda no rendimento real, ele explicou que o deflator utilizado para avaliar a evolução da renda média é o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), referente à camada de renda mais baixa da população, e que tem registrado taxas mais elevadas do que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), já que os produtos alimentícios têm peso maior no INPC. Mesmo assim, afirmou que os resultados até maio são extremamente positivos.
"O ano de 2008 vem registrando indicadores positivos na economia e isso vem se refletindo no mercado de trabalho." Ele ressaltou que, este ano, "uma inflexão significativa" na taxa de desemprego ocorreu mais cedo e com mais força, já que no ano passado só houve queda na taxa em junho. Historicamente, a taxa de desemprego sobe até o final do primeiro semestre, iniciando então um processo de queda até o final do ano. "A situação no mercado de trabalho em 2008 é favorável", afirmou, acrescentando que a taxa de desemprego tende a fechar o ano com recorde de queda.

Economista teme alta no ritmo de concessão de crédito
O baixo índice de desemprego no País, como o de maio, divulgado pelo IBGE, pode se tornar fator que realimentará as operações de crédito e, por conseqüência, da inflação. O alerta é da economista da Rosenberg & Associados Thaís Zara. A variável crédito, como fator gerador de inflação, tem sido uma preocupação patente do Banco Central (BC).
No Relatório Trimestral de Inflação a autoridade monetária reservou espaço exclusivo para este tema, especialmente para as operações de leasing. Estas operações, como não são tributadas pelo IOF, ganharam escala depois que o governo elevou a alíquota do imposto para compensar o fim da CPMF. Há entre os analistas comentários de que, informalmente, o BC tem recomendado aos bancos a redução da concessão de crédito por meio deste instrumento para evitar, mais à frente, problemas irreparáveis de inadimplência.
"O problema é que o próprio gerente da Pesquisa Mensal de Emprego do IBGE, Cimar Azeredo, alerta para a demora da reversão desta melhora do mercado de trabalho", afirma a economista. De acordo com ela, com a demanda aquecida e o mercado de trabalho próximo do estado de pleno emprego, será difícil aos empresários recusarem reajustes elevados, o que poderá contribuir para realimentar a inflação. "Não é à toa que esta é uma das principais preocupações da autoridade monetária", diz.
A Rosenberg projetava uma taxa de desemprego de 8,3% para maio, que já seria menor do que a de 8,5% registrada em abril e de 10,10% em maio do ano passado. "Isso caracteriza o excelente momento vivido pelo mercado de trabalho, corroborado pela redução expressiva, em termos interanuais, da população desocupada e aumento da ocupada. Com o ajuste sazonal dos dados, a taxa de desemprego recuou para o menor valor da série, passando de 7,90% em abril para 7,60% nesta aferição", diz Thaís.
Outro ponto que chama a atenção, de acordo com a economista, é que depois de submetida à curva de tendências, uma espécie de filtro de ruídos no comportamento do mercado de emprego - este processo está um degrau acima do de dessazonalização -, a trajetória do desemprego continua sendo de queda, apontando para 8,3%. "Se a taxa de desemprego está abaixo, a tendência é de mais queda do desemprego", explica.
A renda, por seu turno, afirma a economista, continua crescendo em termos reais no acumulado em 12 meses, apesar de recuar na margem, e, com isso, a massa salarial continua se expandindo em termos reais a taxas robustas. "A presente situação do mercado de trabalho traz preocupações quanto à próxima temporada de reajustes salariais, quando haverá o dissídio de diversas categorias importantes, como bancários, metalúrgicos", afirma a economista.

Inflação continuará reduzindo rendimento do trabalhador
A escalada inflacionária já atingiu o bolso dos trabalhadores das principais regiões metropolitanas do País. O gerente da pesquisa de emprego do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Cimar Azeredo, disse que a queda de 1% na renda real em maio ante o mês anterior mostra os efeitos dos reajustes de preços sobre o poder de compra dos trabalhadores ocupados.
Para Claudia Oshiro, da Tendências Consultoria, para os próximos meses a expectativa é de que o cenário inflacionário ainda permaneça apertado por causa do aumento dos preços dos alimentos e a renda real deve continuar "sendo corroída pelos índices da inflação". Esse cenário menos positivo para os salários, segundo a analista da Tendências, deve se refletir em queda da confiança do consumidor e em uma desaceleração da demanda interna.
Das seis áreas pesquisadas, a renda recuou em quatro: Recife (-5,7%), Rio de Janeiro (-1,7%), São Paulo (-1,1%) e Porto Alegre (-2,6%). Os rendimentos cresceram apenas em Salvador (3,9%) e em Belo Horizonte (1,2%). Entre as categorias de ocupação, só os trabalhadores com carteira assinada viram o rendimento subir 0,5% de abril para maio. Os trabalhadores por conta própria tiveram a maior perda,1,3%.
"O mercado de trabalho foi bem em maio, mas o lado negativo ficou com a queda da renda real, corroída pela inflação. Já era de esperar um resultado ruim porque a inflação veio muito alta em maio. A expectativa éagora é de que a renda real recue ainda mais nos próximos meses, já que não se espera um arrefecimento da inflação no futuro", afirma Lygia Cesar, economista da MCM Consultoria.






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