Arrecadação do Imposto de Renda foi a que mais cresceu
Estudo divulgado ontem pelo Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT) aponta que a carga tributária atingiu patamar de 38,9% do Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro trimestre deste ano.
De acordo com a pesquisa, o volume, de R$ 258,9 bilhões, é o maior do primeiro trimestre ante o mesmo período em outros anos. Em 2007, foram R$ 221,75 bilhões.
O crescimento foi de 16,75% em relação a 2007 (R$ 221,75 bilhões). Da diferença de R$ 37,15 bilhões, os tributos federais somam R$ 27,39 bilhões, os estaduais, R$ 8,71 bilhões, e os municipais, R$ 1,04 bilhão.
De acordo com o IBPT, a arrecadação do Imposto de Renda (IR) foi a que mais cresceu, R$ 11,78 bilhões, seguida do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), R$ 7,74 bilhões, e da contribuição ao Instituto Nacional do Seguro Social, R$ 6,53 bilhões.
Devido a sua extinção, a Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) teve redução de R$ 7,48 bilhões.
— Mesmo com a queda da CPMF, os tributos federais cresceram substancialmente — afirmou o presidente do IBPT, Gilberto Luiz do Amaral.
O instituto ressalta, no entanto, que, percentualmente, o tributo que mais cresceu foi Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), com alta de 153,11%. Na seqüência vem o IR, com aumento de 32,39%.
— A carga tributária cresce mais do que o PIB por causa da técnica de calcular o imposto sobre ele mesmo e do efeito cascata — disse Amaral.
Conforme o IBGE, o PIB registrou crescimento de 5,8% no primeiro trimestre, na comparação com o mesmo intervalo de 2007.
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