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06/06/2008 - Empresariado apóia juro alto contra inflação
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Em um momento inusitado da história recente, empresários que participaram da reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, no Palácio do Planalto, elogiaram nesta quinta-feira a decisão do Banco Central de elevar em 0,50 ponto percentual a taxa básica de juros. Eles esperam, no entanto, que o novo ciclo de aumento dos juros seja curto conforme vem sinalizando o Comitê de Política Monetária (Copom).
"É o que tinha que ser feito tecnicamente. O BC agiu corretamente", afirmou o presidente do Conselho de Administração do grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz. "Mas espero que a pressão inflacionária pare e que a gente não tenha de aumentar muito as taxas de juros", completou.
O presidente da Associação Brasileira de Infra-estrutura e Indústrias de Base (Abdib), Paulo Godoy, afirmou que a ameaça de volta da inflação "enfraqueceu" os discursos contra a elevação dos juros. "Todo mundo tem o discurso pronto contra o aumento de juros, mas a inflação é um dano difícil de se recompor", afirmou Godoy. Ele acredita que a inflação é "a pior ameaça para a estrutura macroeconômica no Brasil e no mundo"
O presidente da Associação Brasileira de Papel e Celulose, Horácio Lafer Piva, considerou "adequada" a elevação da taxa Selic. "Eu sempre reclamei do aumento dos juros, mas, de fato, estamos vendo a inflação assustar", disse. Para o empresário, não enfrentar a inflação seria "brincar com fogo". Lafer Piva considera que a inflação é o pior dos impostos. "Eu sei projetar as taxas de juros, mas não sei mais fazer conta com a inflação", argumentou.
Abílio Diniz acredita que muitos foram contra a decisão do Copom porque a inflação não estaria sendo causada por excesso de demanda. "Mas eu acho que o Banco Central tem de atuar com as armas que tem", afirmou.
O presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção, Paulo Safady Simão, avaliou que a alta dos juros não deverá ter um efeito direto muito forte na construção civil, porque o setor trabalha com linhas de financiamento de longo prazo.
O empresário aposta em mais dois ou três aumentos da Selic. "Com certeza vai ter mais. Está claro que o processo de inflação não pára por aí, porque o aumento dos preços dos alimentos, do petróleo e das commodities prossegue", disse. Ele acredita, entretanto, que o aumento da taxa Selic deverá ser revertido até o fim deste ano. "A nossa esperança é de que em um prazo relativamente curto, eu diria que até o fim do ano, esse processo se reverta", afirmou Simão.

Dieese rejeita tese de reajustes generalizados
O Dieese rejeita a tese de que a alta da inflação se deve a um processo de aumentos generalizados dos preços. A rejeição toma como base a evolução dos preços dos alimentos bem como a magnitude que eles deram para a alta do Índice do Custo de Vida (ICV) de maio. A inflação apurada por este indicador subiu 0,87% e só os alimentos contribuíram com 0,66 ponto percentual. "A partir das comparações envolvendo os alimentos, pode-se afirmar que a alta taxa de maio foi determinada pelo reajuste observado no grupo alimentação. Este fato não aponta, necessariamente, para um processo inflacionário generalizado, uma vez que a maioria dos outros grupos teve taxas, em maio de 2008, inferiores às de igual período de 2007", analisa a coordenadora do ICV, Cornélia Nogueira Porto.
O grupo despesas pessoais teve seus preços aumentados em 0,81% no mês passado ante uma taxa de reajuste de 0,08% em maio do ano passado. O grupo vestuário, que em outros indicadores de preços ao consumidor apresentou alta significativa no mês passado, acima de 1%, no IVC do Dieese subiu 0,26%. Os equipamentos domésticos até tiveram seus preços reduzidos em maio em 0,45%. Os gastos com saúde subiram, em média, 0,50% em maio, exemplifica Cornélia.

Custo de vida para famílias de
baixa renda acelera em maio
A inflação para as famílias brasileiras que ganham entre um e 2,5 salários mínimos mensais (de R$ 415,00 a R$ 1.037,00) foi de 1,38% em maio, contra 0,97% em abril. A taxa, divulgada ontem pela Fundação Getulio Vargas (FGV), é o resultado do Índice de Preços ao Consumidor - Classe 1 (IPC-C1). Os alimentos, que respondem por 40% no cálculo do IPC-C1, foram os responsáveis pela maior contribuição na elevação do índice. O economista André Braz, da Fundação Getulio Vargas, estima que o IPC-C1 deve continuar apresentando altas. O preço do feijão, considerado um dos vilões da inflação no ano passado e que vinha apresentando uma desaceleração, começou a subir no final de maio. Isso deve estar ocorrendo devido à possibilidade de redução da safra, por causa da aproximação do inverno, avaliou.
André Braz destacou ainda aumento de preços em itens importantes para o consumo das famílias, como carnes, arroz, pães e biscoitos. O economista acredita, no entanto, na possibilidade de queda nos preços dos derivados do trigo, devido à expectativa de uma safra internacional maior e aos cortes de impostos por parte do governo brasileiro.





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