O resultado representa perspectivas favoráveis para 2011O aumento de renda familiar e o baixo índice de desemprego no Rio Grande do Sul contribuíram para a redução do índice de endividamento dos gaúchos em janeiro. Segundo a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência das Famílias Gaúchas (Peif-RS) divulgada quinta-feira pela Federação do Comércio, de Bens e de Serviços do Rio Grande do Sul (Fecomércio/RS), 68% dos entrevistados possuem alguma dívida em andamento, valor 2% inferior ao registrado no mesmo período em 2010. Em relação a dezembro de 2010, o índice permaneceu igual, porém a percentagem de famílias com contas atrasadas passou de 30% para 22%.
Os bons resultados após as comemorações de fim de ano representam perspectivas favoráveis para a economia em 2011, segundo o presidente do Sistema Fecomércio, Zildo De Marchi. Historicamente esta é uma época de maior endividamento devido aos reflexos do Natal. Este é um sinal de que a economia está sólida e que os setores de indústria, comércio e turismo estão crescendo, argumenta.
A expectativa é de que os números se mantenham estáveis nos próximos meses, mesmo com as despesas de volta às aulas e com encargos tributários anuais. Os consumidores não estão assumindo tantas dívidas e o comércio também está oferecendo pagamentos facilitados, com início das prestações para abril, explica De Marchi.
A pesquisa revelou também que houve queda no número de famílias endividadas que afirmam não ter condições de honrar seus compromissos financeiros, passando de 6% a 2% no último mês. Do número total de endividados, 10,8% se consideram muito endividados, enquanto 31,9% dos entrevistados não possuíam dívidas no momento da pesquisa. Os consumidores com maior poder aquisitivo são aqueles que possuem mais dívidas em andamento, 72% para famílias com renda superior a 10 salários-mínimos.
O cartão de crédito segue como maior responsável pelo endividamento (66,7%), seguido pelos carnês (38,2%) e pelo crédito pessoal (15,8%). O tempo de atraso no pagamento é na maioria dos casos inferior a 30 dias (39,6%) e apenas 19,4% das famílias superam os prazos de pagamento em mais de 90 dias.
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