Com moeda forte e economia aquecida, o Brasil se transformou neste ano no maior mercado de exportação para duas das maiores fabricantes de motocicletas da China. Entre 2007 e 2008, o país saltou da sétima para a primeira posição nas vendas da Lifan, que produz 1 milhão de unidades por ano e planeja investir em uma fábrica no Brasil. A Jialing, que já está instalada na Zona Franca de Manaus, pretende dobrar seus embarques neste ano.
Estatal com ações na Bolsa, a Jialing produz 2,5 milhões de motos por ano e tem três fábricas fora da China: no Brasil, na Colômbia e na Indonésia.
— De todas, a operação no Brasil é a mais importante. É uma nova fábrica, totalmente construída por nós — disse Ren Shu, vice-gerente-geral da empresa. No Brasil, as motos da empresa são vendidas com a marca Traxx.
A fábrica na Zona Franca de Manaus tem capacidade para produzir 200 mil unidades por ano, mas fabricou só 20 mil em 2007, pois o conteúdo nacional agregado era muito baixo para a concessão dos benefícios fiscais na região acima desse limite. A empresa mudou os procedimentos, ampliou as etapas realizadas no país e espera dobrar a produção neste ano, para 40 mil motos. Com isso, pode importar unidades prontas da China na mesma proporção. A expectativa é que o número dobre a cada ano, até chegar à capacidade total de 200 mil da fábrica de Manaus.
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