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14/01/2011 - Brasil gerou 2,55 milhões de vagas formais em 2010
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O ministro do Trabalho, Carlos Lupi, usará uma manobra estatística para entregar a meta de geração de 2,5 milhões de empregos de carteira assinada em 2010 à nova presidente Dilma Rousseff. Os dados serão divulgados oficialmente na próxima semana, mas o ministro adiantou ontem, durante o programa de rádio "Bom Dia, Ministro", que o volume de novos empregos formais ultrapassou a marca de 2,550 milhões. Para inflar os números, ele usará informações que só costumam ser atualizadas pelas empresas no início do ano, mas que extraordinariamente foram compiladas antecipadamente no último trimestre de 2010.
A quantidade de vagas criadas no ano passado que Lupi promete apresentar chamou a atenção porque, até novembro, o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) acumula um total de 2.544.457 empregos gerados. Ainda que o número supere a meta, é sabido que os meses de dezembro costumeiramente puxam o volume total de empregos com carteira para baixo, porque o período é marcado pela dispensa dos empregados temporários e pelas poucas contratações.
Isso acontece porque o saldo anunciado todos os meses - e também no acumulado do ano - é fruto da subtração do número de desempregados no total de novas vagas criadas, o que é chamado de "geração líquida" de empregos. Assim, se houve hipoteticamente 200 mil desligamentos e 100 mil contratações em dezembro, o resultado do mês em questão é de 100 mil demissões.
A média de desligamentos líquidos dos meses de dezembro durante os sete primeiros anos do governo Lula foi de 378 mil trabalhadores, segundo cálculos feitos com base nos números do Caged. O ano em que o mercado de trabalho menos demitiu em dezembro foi em 2005, com saldo líquido de 287 mil desempregados. Já no momento do auge da crise financeira internacional, em dezembro de 2009, as empresas demitiram 655 mil funcionários a mais do que o total de contratações.
Assim, ainda que o mercado de trabalho esteja aquecido, pelo efeito sazonal, dificilmente o mês de dezembro de 2010 apresentará um número positivo. Se isso acontecer, será um fato inédito no governo Lula. Na melhor das hipóteses, o que pode se esperar é uma estabilidade da criação de empregos formais no mês em questão.
A meta inicial do ano passado anunciada por Lupi era de geração de 2 milhões de vagas com carteira assinada. O aumento para 2,5 milhões foi anunciado na véspera da comemoração do Dia do Trabalho, em 30 de abril. Para conseguir atingir a meta por ele estipulada, Lupi deve adiantar alguns números da Relação Anual de Informações Sociais (Rais), que só costumam ser divulgados meses depois do início do ano. Junto com a Rais, os empresários atualizam seus dados reais de contratações e demissões do ano anterior.
É que os dados do Caged são compilados a partir de informações cedidas por empregadores mês a mês. Quando uma empresa perde o prazo da entrega, ela apenas faz a atualização no início do ano seguinte. Com os novos números em mãos, o MTE refaz o cálculo para atualizar o verdadeiro retrato do mercado de trabalho brasileiro no ano anterior.
Os dados da Rais de um ano eram conhecidos apenas quase no final do ano seguinte. O início da entrega da Relação este ano é a próxima segunda-feira. Em 2010, Lupi conseguiu adiantar essas informações para julho e a intenção é a de revelar o quadro final do ano passado até abril de 2011. Desta vez, para ter logo um resultado dentro da meta imposta pelo próprio ministro, o ministério pode ter acelerado a coleta das informações. Em outubro, durante entrevista coletiva, Lupi indicou que tentaria adiantar pelo menos uma parte dos números. E é com eles que deve contar para aumentar desde já o resultado de 2010.
Procurada, a assessoria do MTE explicou que, no dia da divulgação dos dados oficiais na semana que vem, está previsto que o ministro também anuncie uma mudança da fórmula de cálculo do Caged. Esse novo modelo de atuação ainda não foi revelado, mas tudo indica que as empresas poderão fazer as atualizações de seus números ao longo do ano na tentativa de o MTE anunciar números mais quentes a cada mês.
O ministro reafirmou também que, apesar da perspectiva de desaceleração da economia este ano, a geração de empregos deve superar a marca de 3 milhões. "O ciclo virtuoso vai continuar este ano com o aumento dos investimentos em obras de infraestrutura e nas obras para a Copa do Mundo e Olimpíada", disse o ministro.





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