Taxas médias dos juros de empréstimo pessoal e cheque especial cobradas em 2010 tiveram leve queda em relação a 2009
As taxas médias dos juros de empréstimo pessoal e cheque especial cobradas em 2010 tiveram leve queda em relação ao ano anterior, diferentemente do que houve em 2009, quando os juros bancários tiveram um nítido movimento de baixa, informou o Procon-SP nesta segunda-feira, 27.
Levantamento feito com sete instituições financeiras indicou estabilidade nas duas modalidades pesquisadas, acompanhando o movimento da taxa básica de juros da economia. A taxa média cobrada no cheque especial foi de 8,88% ao mês, ante uma taxa média de 8,93% ao mês em 2009. A maior taxa média anual da modalidade foi a do Banco Safra, com 12,3% ao mês; já a Caixa Econômica Federal teve a menor taxa média praticada, com 7,02% ao mês.
No empréstimo pessoal, a taxa média cobrada apresentou um decréscimo de 0,23 ponto porcentual em relação à taxa média de 2009, ficando em 5,26% ao mês. O Itaú praticou a maior taxa média anual, com 5,92% ao mês; a Caixa Econômica Federal, foi o banco com a menor taxa média anual de empréstimo pessoal: 4,65% ao mês.
A Fundação Procon-SP esclarece que o levantamento envolvia dez instituições financeiras de janeiro a junho, mas encerrou 2010 com sete bancos. Em julho, a Nossa Caixa foi definitivamente incorporada pelo Banco do Brasil e foi retirada da amostra; em setembro, o Banco Real e o Unibanco saíram da pesquisa, depois de incorporados respectivamente ao Santander e ao Itaú. O levantamento encerrou o ano com as seguintes instituições analisadas: Banco do Brasil, Bradesco, Caixa, HSBC, Itaú, Safra e Santander.
Orientação
O Procon-SP orienta ao consumidor atenção redobrada com financiamentos desnecessários, especialmente aqueles já disponibilizados na conta e de fácil contratação. A instituição lembra que dados do Banco Central mostram que a dívida do brasileiro no cheque especial aumentou nos primeiros nove meses de 2010.
Segundo o Procon, ao emprestar o dinheiro para o cliente, o banco não conta com nenhuma garantia e, portanto, as taxas são altíssimas. "Aderir a empréstimos de forma independente é uma tendência do mundo moderno, mas a facilidade do processo pode conduzir à tomada de empréstimos por impulso, comprometendo seriamente o orçamento familiar", diz a instituição em nota.
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