Decisão se deve a relatório do governo segundo o qual País está na iminência de crise 'brutal' no setor aéreo, o que desaconselha mudança estrutural agora
A presidente eleita, Dilma Rousseff, desistiu de criar o ministério de Portos e Aeroportos para entregar ao PSB por conta de um informe do serviço de informação do governo. Dilma e o PSB consideraram melhor manter a Secretaria de Portos como funciona hoje e deixar para criar o futuro ministério para depois.
O relatório diz que o País está na iminência de enfrentar uma crise "brutal" no setor aéreo, inclusive com a paralisação de vários serviços e companhias, o que desaconselha qualquer mudança. A aérea continuará sob o comando do Ministério da Defesa.
Dilma esteve nesta terça-feira, 21, com o ministro Nelson Jobim. Os relatos que chegaram à presidente eleita e também foram repassados ao PSB indicam grave risco de caos aéreo nos próximos dias e que essa situação deve prosseguir durante o ano novo e avançar até o fim das férias de verão.
Consultadas pelo Estado, fontes do setor confirmam que o fim de ano será tumultuado nos aeroportos. As fontes informam que há expectativa de "tumultos, piquetes e muitos atrasos".
A secretaria dos Portos será entregue a Leônidas Cristino, prefeito de Sobral eleito e reeleito com apoio do governador do Ceará, Cid Gomes, e do deputado Ciro Gomes. Antes da indicação ao ministério, Cristino estava cotado para o secretariado de Cid, como coordenador das obras da Copa de 2014.
Cota
Sem ocupar o espaço desejado, o PSB recebeu a confirmação de que sua cota se resumirá ao Ministério da Integração Nacional e à Secretaria de Portos. Dilma reuniu-se ontem com o vice-presidente do PSB, Roberto Amaral, e Cid Gomes. Para a Integração Nacional, foi designado o ex-prefeito de Petrolina, Fernando Bezerra Coelho, indicação do presidente do PSB e governador de Pernambuco, Eduardo Campos.
A definição não satisfaz a bancada do partido no Congresso, que também desejava indicar representantes para o ministério. Antes da escolha de Cristino, os nomes dos deputados Márcio França (PSB-SP) e Beto Albuquerque (PSB-RS) haviam sido cotados para o cargo.
Dilma já havia deixado claro que não ampliaria a fatia da legenda no bolo ministerial anteontem, em reunião com a cúpula do PSB. Na ocasião, a eleita defendeu "equilíbrio" na representação dos partidos aliados na Esplanada, observando a necessidade de deixar espaços para acomodar o próprio PT.
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