Presidente lembrou que o barril passou de US$ 30 para US$ 135 em três anos
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez nesta quinta-feira, durante encontro com empresários dos países que integram o Sistema de Integração Centro-Americana (Sica), em El Salvador, uma crítica aos países ricos pelo silêncio em relação à alta do petróleo.
Segundo Lula, os mesmos países ricos que capitanearam as críticas contra o etanol brasileiro, sem apontar os motivos por que os biocombustíveis a partir da cana-de-açúcar seriam responsáveis pela inflação dos alimentos, estão agora calados sobre o aumento brutal no preço do barril do petróleo.
Lula lembrou que no espaço de tempo de três anos, o barril de petróleo passou de US$ 30 para US$ 135. O presidente desafiou os produtores de petróleo e os críticos dos biocombustíveis a explicar "o efeito disso (do aumento brutal do preço do barril de petróleo) no preço do alimentos".
Ele lembrou o impacto no transporte e nos fertilizantes.
— Qual o efeito no preço dos fertilizantes que são produzidos a partir dos derivados de petróleo? — perguntou.
— Isso não se discute, não se discute a crise americana, não se discute o aumento do preço do petróleo — acrescentou.
O presidente ainda lembrou que estava falando "contra (ele) mesmo", porque o Brasil, "além de já ser auto-suficiente no petróleo, acaba de descobrir novos poços de petróleo".
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