O Rio Grande do Sul pode atender hoje a uma demanda de energia de 5,5 mil MW, potencial que deve crescer. Conforme o presidente do Grupo CEEE, José Francisco Pereira Braga, esta capacidade, através de novas usinas e linhas de transmissão, deverá chegar a 5,75 mil MW até o final do ano, ou seja, um incremento de cerca de 4,5%. Braga argumenta que o aumento da capacidade de abastecimento tem que ser constante nos próximos anos.
"Com o crescimento econômico do Estado, com investimentos em áreas como a de celulose, é preciso ficar alerta quanto ao fornecimento de energia", diz Braga. Um dos mecanismos que permitirá que as ações no setor de energia, no Rio Grande do Sul, sejam planejadas com antecipação é o balanço energético estadual.
O Grupo CEEE promove hoje, durante todo dia, um workshop com o objetivo de preparar o novo Balanço Energético Gaúcho. A proposta do trabalho é aproveitar os dados já existentes, e que proporcionaram a construção dos balanços energéticos do Rio Grande do Sul de anos anteriores, aliar informações e elaborar uma nova edição do documento.
Braga diz que o balanço se tornará o documento tradicional do setor energético gaúcho que divulgará, anualmente, extensa pesquisa e a contabilidade relativas à oferta e consumo de energia no Estado. Além disso, contemplará as atividades de exploração e produção de recursos energéticos primários, sua conversão em formas secundárias, a importação e exportação, a distribuição e o uso final da energia.
Na abertura do encontro de hoje, representantes da Secretaria de Infra-estrutura e Logística do Estado e da Diretoria de Planejamento e Projetos Especiais do Grupo CEEE farão uma exposição do panorama existente na área energética do Rio Grande Sul.
Para o presidente do Grupo CEEE, o evento é importante e necessário, uma vez que o grande desafio deste século é descobrir quais as fontes de energia que irão mover a humanidade no futuro. Segundo Braga, com a aproximação do fim da era do petróleo e do gás, em função do esgotamento das reservas mundiais, países desenvolvidos estão investindo vultosos recursos em pesquisa de fontes alternativas.
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