O resultado foi o mais forte desde segunda semana de fevereiro de 2010, quando o índice registrou variação de 1,04%
A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor - Semanal (IPC-S) foi de 1,00% até a quadrissemana encerrada em 30 de novembro, informou a Fundação Getúlio Vargas (FGV). O resultado foi o mais forte desde segunda semana de fevereiro de 2010, quando o índice registrou variação de 1,04%.
A taxa foi quase o dobro da apurada pelo mesmo indicador no mês de outubro, quando registrou inflação de 0,59%.
O desempenho também ficou acima do IPC-S imediatamente anterior, referente à quadrissemana encerrada em 22 de novembro, quando houve alta de preços de 0,85%. O IPC-S anunciado hoje se posicionou no teto das estimativas dos analistas do mercado financeiro, que esperavam uma elevação de preços entre 0,80% e 1,00% em novembro. A mediana das expectativas estava em 0,92%.
Alimentos
Segundo a FGV, a principal contribuição para a taxa maior do IPC-S partiu do grupo alimentação, cuja inflação acelerou de 1,98% para 2,27% entre a terceira e a quarta quadrissemana de novembro.
A fundação informou que, entre os alimentos, foram apurados aumentos mais intensos de preços em produtos importantes no cálculo da inflação varejista, como carnes bovinas (de 9,43% para 10,71%), frutas (de 2,71% para 3,95%) e adoçantes (de 4,85% para 7,14%) da terceira para a quarta quadrissemana do mês passado.
Porém, o grupo alimentação não foi o único a contribuir para a taxa maior do indicador. Todas as sete classes de despesa pesquisadas também apresentaram um cenário de inflação mais forte, no mesmo período. Além dos alimentos, é o caso de habitação (de 0,30% para 0,43%); vestuário (de 1,00% para 1,01%); saúde e cuidados pessoais (de 0,23% para 0,39%); educação, leitura e recreação (de 0,20% para 90,34%); transportes (de 0,68% para 0,69%); e despesas diversas (de 0,25% para 0,31%).
A FGV informou ainda que, entre os produtos pesquisados para cálculo do IPC-S de até 30 de novembro, as elevações mais significativas foram apuradas nos preços de alcatra (11,80%); carne moída (9,36%); e batata-inglesa (11,27%). Já as mais expressivas quedas foram registradas nos preços de vagem comum ( -18,61%); banana-prata (-7,11%); e alho (-3,18%).
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