A confiança do consumidor em novembro mostrou o nível mais alto em mais de cinco anos. É o que revelou hoje a Fundação Getúlio Vargas (FGV), ao divulgar o Índice de Confiança do Consumidor (ICC), que subiu 2,7% em novembro ante outubro, na série com ajuste sazonal. A fundação também revisou para cima a taxa apurada em outubro ante setembro, de 0,1% para 0,2%. Com o resultado, o desempenho do indicador, que é calculado dentro de uma escala de pontuação de até 200 pontos, foi de 121,8 pontos para 125,4 pontos de outubro para novembro. Este é o novo recorde histórico do índice, iniciado em setembro de 2005.
Pela metodologia utilizada, quando mais próximo de 200, maior o nível de confiança do consumidor. Em seu comunicado, a FGV informou que, em novembro, os consumidores brasileiros estão mais satisfeitos com a situação atual, bem como otimistas com o cenário nos seis meses seguintes. O ICC é dividido em dois indicadores. O Índice de Situação Atual (ISA) mostrou alta de 4,5% neste mês, após mostrar estabilidade em outubro, na série revisada. Já o Índice de Expectativas (IE) subiu 1,5% em novembro, após apresentar alta de 0,2% em outubro.
Ainda segundo a fundação, o ICC subiu 9,3% em novembro na comparação com igual mês em 2009. No mês passado, o indicador avançou de forma menos intensa, com alta de 7,5% ante outubro de 2009. O levantamento abrange uma amostra de mais de 2 mil domicílios, em sete capitais. As entrevistas foram realizadas entre os dias 1º e 20 de novembro.
Situação econômica
A avaliação favorável dos consumidores quanto à atual situação econômica impulsionou a alta de 2,7% no ICC de novembro ante outubro. Segundo a FGV, de outubro para novembro a fatia de consumidores entrevistados para o cálculo do ICC que avaliam a situação atual como boa subiu de 31,7% para 34,6% do total. No mesmo período, a parcela de entrevistados que a consideram ruim caiu de 18,7% para 15,9%.
As previsões do consumidor para o cenário econômico também se mantiveram otimistas no horizonte de seis meses. A parcela de consumidores pesquisados que projetam melhora aumentou de 27,3% para 31,7% de outubro para novembro. No mesmo período, a fatia dos entrevistados que preveem piora cresceu, mas em menor magnitude, de 9,8% para 11,5%.
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