O Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getúlio Vargas (FGV) prevê um crescimento de 7,5% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2010 e de 4,6% em 2011, segundo dados apresentados em seminário realizado hoje na instituição pela economista Silvia Matos. No que diz respeito ao Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a expectativa é de uma inflação de 5,6% em 2010 e de 4,8% em 2011.
O recuo na inflação oficial de um ano para o outro ocorrerá, segundo as projeções da FGV, por causa da menor variação em serviços (de 7,4% projetados em 2010 para 5,9%) e no grupo de alimentos e bebidas (de 9,6% para 5,5%). Segundo Silvia, o aumento do salário mínimo (que ela avalia que subirá para R$ 550) no ano que vem será "mais ameno" do que este ano, o que possibilitará um alívio na inflação dos serviços.
Ainda segundo os dados apresentados pela economista, a taxa de juros Selic deverá fechar 2011 no mesmo patamar que terá ao final de 2010, de 10,75% ao ano. As projeções apresentadas pela economista no seminário são mais otimistas do que as de outros participantes do evento, como os economistas-chefes do Itaú Unibanco, Ilan Goldfajn e do Santander, Alexandre Schwartsman, que estimam inflação (IPCA) acima de 5% no ano que vem. A FGV estima um superávit primário de 3,2% em 2011, enquanto Goldfajn projeta 2,5% "esperando ser surpreendido" e Schwartsman, o mais pessimista, não espera um patamar acima de 2%. Os dois economistas estimam aumento na taxa de juros no próximo ano.
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