A inflação percebida por famílias de baixa renda quase dobrou em outubro. É o que mostra o Índice de Preços ao Consumidor - Classe 1 (IPC-C1), usado para mensurar o impacto da movimentação de preços entre famílias com renda mensal entre 1 e 2,5 salários mínimos. O indicador subiu 0,80% no mês passado, após alta de 0,42% em setembro. Com o resultado, o índice acumula alta de 5,02% no ano e aumento de 5,43% nos 12 meses encerrados em outubro.
A taxa do IPC-C1 em outubro ficou bem acima da inflação média apurada entre as famílias mais abastadas, com renda mensal entre 1 e 33 salários mínimos, mensurada pelo Índice de Preços ao Consumidor - Brasil (IPC-BR). O índice mostrou alta de 0,59% em outubro. A taxa de inflação acumulada no ano pelo IPC-C1, de 4,43%, também foi maior que a apresentada para o mesmo período pelo IPC-BR. Nos 12 meses encerrados em outubro, o IPC-BR registrou inflação acumulada de 4,96%.
Das sete classes de despesa usadas para cálculo do IPC-C1, quatro apresentaram acréscimos em suas taxas de variação de preços, de setembro para outubro. É o caso de Alimentação (de 0,56% para 1,72%), Educação, Leitura e Recreação (de zero para 0,54%), Transportes (de zero para 0,02%) e Despesas Diversas (de 0,10% para 0,21%). As três restantes apresentaram inflação menos intensa no mesmo período. É o caso de Habitação (de 0,21% para 0,12%), Vestuário (de 1,44% para 0,77%) e Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,71% para 0,06%).
A FGV informou ainda que, em outubro, entre os produtos pesquisados para cálculo do IPC-C1, as mais expressivas elevações de preços foram detectadas em feijão carioquinha (16,11%) e batata-inglesa (14,23%). Já as mais expressivas quedas foram registradas em cebola (baixa de 18,57%) e em banana prata (queda de 9,94%).
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